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Cientistas na família

Diferente de muitos outros empregos, fazer ciência é um trabalho que não para em feriados ou em datas comemorativas. Um bactéria, por exemplo, não para de replicar no Natal enquanto o pesquisador resolve tirar uns dias livres com a sua família na praia. Muitas famílias tem que ser deixadas de lado temporariamente para que o pai/mãe/filho pesquisador vá cumprir com as suas obrigações no laboratório.

Se você é um cientista, esta história pode soar familiar para você. Estamos acostumados a dobrar o nosso tempo em torno dos caprichos dos micróbios, a total disponibilidade da ciência. Lemos artigos no café da manhã ou enquanto almoçamos. Fazemos o trabalho do laboratório no meio da noite e escrevemos pedidos de financiamento na cama.

Com certeza nossas famílias não ficam felizes com tanta ausência mesmo estando presente no mesmo ambiente muitas vezes. As famílias dos cientistas enfrentam um conjunto único de desafios em comparação as famílias de, digamos, pessoas ​​normais. Aqui estão alguns dos inconvenientes que você pode ter infligido sobre seus entes queridos, talvez mesmo sem perceber se você é um cientista.

Sem controle do que define um dia de trabalho. Muitos trabalhos exigem trabalho fora do típico de 5 a 9 horas. Mas as horas dos cientistas às vezes ficam absurdas – não necessariamente por causa da duração de nossos dias de trabalho, mas por causa da pura aleatoriedade das horas às vezes necessárias. “Não é um grande negócio”, você vai diz a si mesmo, “Eu só preciso fazer algo no laboratório por, talvez, 10 minutos. Às 3 da manhã e novamente às 5 da manhã ”

“Vou lá fazer um negócio rapidinho no laboratório”, quando isso realmente significa um tempo indeterminado. Nossos protocolos de laboratório são inflexíveis. Se você precisa aquecer uma amostra por 30 segundos, você a aquece por 30 segundos. No entanto, por alguma razão, a quantidade de tempo necessário para executar esses protocolos dura muito mais. Só deve levar 10 minutos – eu preciso de uma pipeta menor, pode ser que esteja no meu banco, mas alguém deve ter tirado de lá. E por que não temosmais luvas médias? Talvez haja mais na sala de estocagem. A chave da sala de estocagem … talvez esteja na gaveta. Ah não! Talvez precisamos de um sistema melhor para saber onde essa chave está. Preciso anexar algo grande a ela, ou talvez rotulá-la. Onde está a canetinha?

Facilmente lembrar de fatos científicos e figuras, mas não de coisas úteis que você deveria saber sobre o que acontece na sua casa.Por exemplo, que você receberá seus parentes para o jantar mas esqueceu completamente disso.

Ir muito além em assuntos que seriam apenas breves comentários. Muitos argumentam que o conhecimento do funcionamento científico do mundo dá uma maior, não menor, apreciação da beleza natural. Repare como seu amigo cientista interage com os nomes científicosindo muito além ao explicarfatos relacionados a tal espécie, por exemplo.

Em defesa dos cientistas, uma das razões pelas quais eles mantêm tais estilos de vida ocasionalmente (ou mais que ocasionalmente) estressante é que esse trabalho é incrivelmente importante. É mais do que um trabalho; É algo que ele decidiram que é digno de dedicar a esperança e esforço deles.

Os cientistas são apaixonados, impulsionados e propositais. Acreditam na importância do próprio trabalho, mesmo que o tempo seja inoportuno. Gostam de precisão e de perguntas, respostas e de conhecimento.

Eu (quem escreve este artigo) sou cientista e vivo essa realidade constantemente. Muitas vezes abri mão da minha vida pessoal e de lazer em nome da ciência. Apesar disso, acredito que o meu trabalho é muito gratificante e pode gerar resultados positivos em muitos aspectos, até mesmo em questão de realização pessoal.

 

Referência

http://www.sciencemag.org/careers/2016/09/when-you-re-scientist-family?utm_source=sciencemagazine&utm_medium=facebook-text&utm_campaign=scifam-7701

 

Figura

Family Bonds: 5 Tips to Get Your Family Closer than Ever

 

Texto: Karen P Castillioni
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Karen P Castillioni

Bióloga com Mestrado em Botânica pela UNESP.Desenvolvedora de estudos ligados à ecologia, conservação, sustentabilidade e impactos das alterações climáticas.

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