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Poluição das praias e mares: o lixo plástico

Praias Sujas

Em 2015, um estudo realizado pela expedição “Race for Water Odyssey” percorrendo durante 300 dias a rota atlântica da França ao Rio de Janeiro determinou que cerca de 80% da poluição dos oceanos é composta por plásticos. Cerca de 10% de todo o plástico produzido por ano vai parar nos oceanos através do descarte irregular desses resíduos e do despejo de esgotos sem tratamento diretamente no mar.

De todo o lixo que chega ao mar 80% é proveniente de fontes terrestres nos continentes e 20% proveniente de atividades de embarcações de pesca e cruzeiros. O Brasil ocupa a triste posição de 16º lugar no ranking dos países mais poluidores dos mares. China, Indonésia e Filipinas são os países que mais jogam lixo nos oceanos.

Devido às correntes marítimas o lixo plástico pode ser encontrado em todos os lugares: em Ilhas bem preservadas e isoladas, em praias bem ocupadas e impactadas e em grandes ilhas de plásticos flutuantes. Existem cinco grandes manchas oceânicas de poluição por plásticos com área total correspondente a duas vezes o tamanho do Brasil.

Segundo o projeto “enTenda o Lixo” do Instituto Oceanográfica da USP, o lixo plástico compõe 95% do lixo encontrado nas praias brasileiras. Os itens mais encontrados são cotonetes, canudos, embalagens de sorvete, garrafas, tampinhas e copos plásticos, e redes de pesca.

O Ministério do Meio Ambiente criou no início deste mês, através da iniciativa da ONU, uma comissão para elaboração do 1º Plano de Ação para Combate ao Lixo no Mar visando criar políticas para redução do plástico e a adoção de tecnologias para a transformação de produtos e embalagens com menor impacto ao meio ambiente.

Os plásticos nos mares são grandes ameaças para a biodiversidade, para os serviços ecossistêmicos e para a segurança e saúde alimentar humana. No entanto, o problema só poderá começar a ser resolvido em conjunto pelos vários setores relacionados ao problema: poder público, sociedade e indústrias, passando pela gestão dos resíduos sólidos, saneamento básico, educação ambiental e a adoção de novos hábitos de produção e consumo.

Referências
O Eco: Jornalismo Ambiental, Ambiente Brasil, Ministério do Meio Ambiente, eCycle, Estadão e UOL.

Texto; Lais Nunes
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Laís Nunes

Bióloga e pedagoga com mestrado em Biologia Vegetal (UNESP Rio Claro). Tem interesse nas áreas de ecologia, ecossistemas aquáticos, educação ambiental e sustentabilidade.

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