Apenas 13% dos oceanos permanecem intocados por impactos negativos segundo a revista científica Current Biology.
Este estudo, é considerado o primeiro mapeamento marinho global e foi realizado pelos pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália e da Wildlife Conservation Society.
O trabalho publicado pela revista acadêmica, informa que os oceanos foram divididos em 16 regiões para análise, e classificaram o estado de cada uma com base em 15 estressores antropogênicos (variáveis de impacto negativos associadas a atividades humanas) e também no impacto combinado deles.
Os impactos negativos são decorrentes da pesca industrial predatória, poluição por fertilizantes químicos e pesticidas, presença de espécies invasivas, travessia de embarcações comerciais que despejam águas de lastro contaminadas.
Considerar uma área “intocada” significa que o impacto ou “contaminantes” estão presentes em níveis abaixo de 10%.
Outro fator preocupante refere-se ao baixo resultado das áreas de proteção marinha existentes, que respondem por apenas 5% das áreas “limpas”.
Em termos práticos, os resultados para a saúde humana e custo de sustento alimentar do planeta ganham níveis mais preocupantes ainda.
Pois em 2016, o mundo consumiu 20,3 quilos de pescados por pessoa, e cerca de 30% das principais espécies de peixes comerciais monitoradas pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) estão submetidas a níveis biologicamente insustentáveis de pesca, situação considerada “preocupante” pela entidade.
Isto representa 17% do consumo médio de proteína no mundo, portanto, o impacto nas condições de sustento da humanidade na saúde (elevando o preço da saúde publica com inevitáveis aumento de imposto) e aumento de preço no varejo, deve desde já acionar o sinal de alerta.
Texto: Roberto Mangraviti
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Imagem Exame Fergregory
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