in

Como Trabalhar com Prevenção de Drogas nas Empresas

 

É um tema delicado para ser trabalhado nas empresas, mas de urgente inserção na pauta das áreas de Recursos Humanos.

No ambiente de trabalho, este grave problema tem sido inexplicavelmente tratado como um tabu, ou seja, varrido para debaixo do tapete, como se não existisse.

Quando abordamos as áreas de saúde das organizações, a grande maioria se manifesta dizendo que não há motivos para se trabalhar com prevenção e tratamento de drogas. Outras justificam dizendo “ainda não é o momento de tratarmos deste tema “.

Mas infelizmente sabemos que o consumo acontece em horário de trabalho e, pode sim passar despercebido, levando obviamente a riscos de acidentes graves nas áreas de produção industrial, queda da produtividade, e crescimento exponencial de absenteísmo.

Inserir um Programa de Prevenção e Tratamento, significa transformar o funcionário em um agente modificador da relação da empresa com as drogas. O funcionário será capacitado para identificar quem está envolvido com drogas.

O programa prevê apoio psicológico dentro e fora da empresa, e também poderá ser estendido aos familiares, que, geralmente são pessoas que sofrem com a codependência.

Em momentos de crise econômica, como agora, o consumo de drogas tem uma tendência ainda maior de aumentar, dada a ansiedade de perder seus empregos.

Portanto, também por este motivo, o programa dever garantir com 100% de garantias, que não gerará demissões, caso o funcionário admita sua necessidade de tratamento. Pois justamente serão estes funcionários, que serão os agentes modificadores que irão dar a credibilidade da ação ao alcançarem a recuperação.

E não se pode esquecer que a dependência química, não escolhe pessoas por sua classe social ou posição hierárquica na organização, observando-se com frequência, que também nos cargos de direção ou gerencia, encontramos funcionários envolvidos com esta doença. Neste caso, a tendência em esconder o fato se torna ainda maior, por temerem a perda de prestígio ou a liderança sobre os comandados.

Grande parte da inércia ou falta de ação coordenada para o combate às drogas nas empresas, as vezes ocorre pelo próprio universo do “ilegal” que envolve o tema do consumo. Lembrando que o abuso do consumo também leva a outros temas a serem abordados, não menos delicados como, sexo sem preservativos ou mesmo compartilhar seringas e outros materiais que podem levar ao HIV e Hepatite.

Portanto as empresas que se justificam dizendo “ainda não é o momento de abordarmos este tema” , estão na pratica assumindo que reconhecem a existência de um grande problema e esta omissão certamente resultará em problemas para a empresa, no médio prazo.

E mais do que isso, esta omissão significa colocar parte do seu capital sob grande risco.

Autoras: Nancy Peres e Raquel Arantes
dependenciaquimica@sustentahabilidade.com.br

O que você acha?

A ciência por trás do palito de fósforo

Índigo – Um aparelho de RX da alma do paciente.