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ECSTASY e os sérios riscos à saúde

0430 SCOTLAND Drugs...INTERNET OUT Undated Police handout photo of a handful of different types of Ecstacy. Two thousand drug dealers have been arrested during the first four months of a campaign by Scottish police forces, it was announced today August 13 2001. Police have also seized more than 14 million worth of drugs, including heroin, cocaine and Ecstasy, as part of the Know the Score campaign, which ends on August 31. Heroin accounted for almost 9 million of the total amount of drugs recovered, while officers also seized 1 million worth of cocaine. Drug squad officers also found 142,000 Ecstasy tablets and 40 kilogrammes of amphetamines. See PA 0430 story SCOTLAND Drugs. PA Handout photo.

Em nosso último artigo falamos sobre as drogas alucinógenas, seus efeitos e consequências. Naquela oportunidade, destacamos o  LSD – 25, e hoje falaremos sobre o ECSTASY, também chamado erroneamente de droga do amor.

O ECSTASY foi produzido por uma indústria farmacêutica no ano de 1914 com o intuito de ser utilizado como supressor do apetite, mas sua finalidade inicial foi desviada totalmente. Nos anos 60, começou a ser utilizado por psicoterapeutas para elevar o ânimo de pacientes; e na década de 70 passou a ser consumido recreativamente, sendo disseminado principalmente entre estudantes universitários. O uso dessa droga é proibido em vários países, inclusive no Brasil.

É muito comum  pessoas acharem que o ecstasy é uma droga de fins de semana, do tipo “inofensiva” e que não vicia.  Por ser uma anfetamina, é um estimulante do sistema nervoso central, sintetizado em laboratório. Ou seja, faz com que o consumidor fique “ligado” por mais tempo do que o normal, proporcionado ao usuário executar sobrecargas de atividades, e descartando o descanso. Como não existe “mágicas“ e que naturalmente existem limites para o corpo humano, o cansaço aparece depois que a droga sai do organismo. Além do que, o uso constante desta droga, gera um efeito decrescente ao usuário, resultando que a energia surge em menor intensidade. Em vista disto, o usuário  passa a  consumir doses sempre maiores na expectativa de obter os mesmos resultados das experiências iniciais. Desta forma, este  organismo vai ficando cada vez mais tolerante à droga levando a uma “bola de neve”, e quando menos se imagina, a pessoa já virou dependente.

O usuário, experimenta a  sensação de euforia e prazer e segundo algumas pessoas que já experimentaram a droga, gera ainda  uma sensação de leveza, alegria e poder, que sabemos que por ser irreal, termina de forma frustrante ao fim do efeito químico.

O uso desse alucinógeno, pode provocar reações psíquicas variáveis e algumas pessoas podem se sentir “ recompensadas” pelos sons incomuns, cores brilhantes e pelas alucinações (“boa viagem”). Outras observam reações bastante desagradáveis, com visões terrificantes, sensação de deformação do próprio corpo, certeza de morte iminente (“má viagem”). Outras tantas ficam dançando por  5 ou 6 horas, mas por não possuírem em condições normais um preparo físico para aguentar tanta agitação, resulta que no dia seguinte apresentam febre  ou resfriados, porque obviamente a droga diminui a resistência do corpo.

Estudos realizados em humanos consumidores dessa droga, comprovam a perda da atividade serotoninérgica, que leva seu usuário a apresentar perturbações mentais e comportamentais, como dificuldade de memória, tanto verbal como visual, dificuldade de tomar decisões, ataques de pânico, depressão profunda, paranoias, alucinações, despersonalização, impulsividade, perda do autocontrole podendo levar a morte súbita por colapso cardiovascular.

O uso do ecstasy pode causar ainda lesão no fígado, que fica amolecido, além de aumentar de tamanho, com tendência a sangramentos. Dependendo do grau de toxicidade, o quadro evolui para hepatite fulminante, podendo causar a morte caso não haja um transplante de fígado.

Já para o coração, são observadas a  aceleração dos ritmos cardíacos e o aumento da pressão arterial, podendo levar à ruptura de alguns vasos sanguíneos e sangramentos.

O uso de ecstasy ligado à intensa atividade física (dançar por várias horas) pode causar aumento da temperatura corporal e consequente hemorragia interna, o que também pode levar à morte. O aumento da temperatura corporal tem alguns sintomas como desorientação, parada do sistema de transpiração, vertigens, dores de cabeça, fadiga, câimbras e desmaio.

Uma das complicações mais estranhas, no entanto, é a da intoxicação por água. Com o aumento da temperatura corporal, a ingestão de água torna-se uma necessidade. Mas, quando isso acontece de forma excessiva, a água pode começar a se acumular no organismo, uma vez que o ecstasy também dificulta a eliminação dos líquidos do corpo (aumenta a liberação do hormônio antidiurético). Dessa forma, a ingestão excessiva de água pode se tornar perigosa, inclusive fatal, pois segundo especialistas, o que ocorre é uma “pane” no sistema renal. Pois  normalmente, nosso corpo elimina água urinando, contudo por conta do efeito do ecstasy, o rim começa a mandar água de volta para a circulação, e não para a bexiga.

O apoio médico especializado é absolutamente indispensável para um tratamento eficaz e uma resposta rápida poderá salvar a vida.

Fotos:  www.telegraph.co.uk

Autoras: Nancy Peres e Raquel Arantes

dependenciaquimica@sustentahabilidade.com.br

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