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Equipes de Crise Corporativa

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Empresas ao redor do mundo,  e que trabalham com produtos de risco, possuem em geral, Equipes de Crise Corporativa.

Qual a função dessas equipes?

Responder ao público externo ( e também interno) questões relacionadas a acidentes  que envolvam o nome da empresa.

A necessidade destas equipes surgiu quando, em 1989, a embarcação  Exxon Valdez, derramou óleo no Canal Príncipe Willian.

Explicações desconexas aumentaram o desastre ambiental a níveis estratosféricos.

Somente a limpeza do canal em si, custou aos cofres da companhia US$ 3 bilhões de dólares.

Contudo o “preço final” deste desastre superou US$ 12 bilhões para tentar “limpar” o nome da empresa.

Na Hora do Acidente …

O acidente da Samarco no município de Mariana, mostrou com clareza esta desarticulação.

Além de pouca ou nenhuma preparação das equipes de socorro, a desconexão das informações emoldurou o desastre anunciado.

Questões fundamentais, necessitam de repostas diretas e  objetivas :

O que a empresa deve fazer em caso de acidente?

Quem é o encarregado de resolver o problema?

Quem falará oficialmente com a imprensa?

E com os funcionários?

Segundo os autores do livro “Green to Gold” de Daniel C. Esty e Andrew S. Winston  (traduzido no Brasil sob o título “O verde que vale ouro”) , a IBM tem uma equipe para gestão destas crises,  que podem “just in case”  envolver drasticamente o nome da empresa.

Os autores destacam ainda que, este tipo de “previsão” ou busca de antecipar-se aos problemas, elevou o nível de compliance de grandes organizações, inclusive na avaliação das empresas a serem adquiridas, quanto aos possíveis riscos que são incorporados nas aquisições.

Citam como exemplo que  General Eletric  no Brasil,  evitou um drama com vidas de crianças que jogaria o nome da empresa na lama.

No momento de adquirir uma determinada empresa, os profissionais da GE que analisavam a aquisição, detectaram que havia uma creche no interior da empresa a ser adquirida.

Contudo, a mesma se encontrava demasiadamente próxima de uma área com produtos químicos, altamente inflamáveis.

E antes de se configurar a  aquisição, transferiram a creche para um ambiente seguro.

Três meses após a aquisição, o edifício sofreu um incêndio, atingindo sobremaneira a antiga área da creche, e provavelmente vidas foram salvas.

Portanto as Equipes de Crise Corporativa,  com a finalidade de minimizar os estragos, após os acidentes, acabam também por contribuir na redução dos mesmos, antes que ocorram.

Vale refletir como andam nossas empresas para o enfrentamento destes eventos.

 

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

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Sobre o acidente em Mariana

https://pt.wikipedia.org/wiki/Rompimento_de_barragem_em_Mariana

 

 

 

 

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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