Ser fanático por algum ideal, além de tornar a pessoa uma chata incurável, é motivo de desconfiança e perigo.
Perigo? Sim… as mortes em defesa dos “ideais” dos times de futebol referendam esta tese. Há algo mais medieval que um torcedor fanático descontrolado?
E por que a desconfiança?
Como confiar num homem, que sai de sua casa numa tarde ensolarada de domingo para assistir um jogo de futebol … mata um ser humano que jamais havia visto na vida … retorna para sua casa, buscando quiçá o tanque sorrateiramente para lavar as manchas de sangue da sua camisa, para em seguida sentar-se a mesa de jantar com sua esposa e filhos?
Portanto, quem coloca este “amor” tão grande pelo seu time de futebol, certamente subtrai outros sentimentos do seu cotidiano e das pessoas que o cerca na vida.
Não cabe neste mesmo ser humano, um sentimento de amplitude maior, como amar a esposa … filhos … sobrinhos … a natureza … irmãos espirituais.
Em tese, isto vale para quem defende com violência qualquer outra bandeira, seja religiosa e especialmente política.
E mesmo que a defenda sem a violência material das armas, mas emprega a violência da palavra ou da indução de violência, com postagens em redes sociais de um fanatismo exacerbado por uma legenda, para depois acarinhar talvez seu vizinho com uma xícara de café … Ah caro leitor, desconfie deste fanático, talvez seja a mesma pessoa que retorna do jogo de futebol com as mãos sujas de sangue, como se nada fosse.
Autor: Roberto Mangraviti
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