A lista de tolices ditas na tribuna do senado pela senadora, mostra uma visão humanista da idade da pedra, das relações humanas da era medieval e da sexualidade da época do império.
É óbvio que a sociedade é injusta … que as mulheres recebem significativamente menos que os homens … que muitas delas, tem sua terceira jornada no trabalho doméstico etc etc.
Portanto passeatas, discursos, enfim qualquer tipo de manifestação hoje e sempre serão muito bem-vindas, inclusive no senado.
Mas quando a senadora afirma que haverá “abstenção sexual” , ela joga numa vala comum as relações da humanidade, de todos os gêneros.
Que significado que há nesta esdrúxula proposta, por exemplo, numa relação homoafetiva de 2 mulheres ? As duas devem dormir no sofá?
Senadora, não ficaria muito apertado as duas no sofazinho?
Ou elas deveriam discutir a relação, ( o famigerado”D/R”) e definir quem seria a “mulher”?
E no caso da Mãe ? O que dizer àquelas que amamentam?
Ou a vovó que cuida com amor do netinho?
E para a titia ou madrinha que ralha com o sobrinho que largou o prato utilizado no jantar sobre a mesa ? Deixem isto de lado ? Estamos hoje “de greve” ?
E para a policial militar que talvez esteja salvando a vida de uma outra cidadã no momento destas palavras?
E a psicoterapeuta que tenta controlar seu paciente suicida?
E para as irmãs que cuidam, quiça do irmão terminal de AIDS ou do papai já envelhecido?
E por fim, a senadora deixa claro o entendimento dela sobre a relação sexual nas relações heterosexuais, matrimoniais, estáveis, de namorados etc etc … onde a mulher é uma simples fêmea que submete-se ao macho, em troca de NADA.
Portanto no “Dia da Mulher” ela deve “fechar” a porteira do afeto , do amor que justifica portanto a greve.
A tribuna do senado, em geral tem recebido discursos assustadores, mas talvez este da senadora, entre para o rol dos maiores absurdos do Planeta!
Deus nos ajude!
Texto: Roberto Mangraviti
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