Recifes de Corais são formações milenares constituídos por micro-organismos marinhos com estrutura de calcário. Mas a importância destes ambientes não são somente devido aos organismos que os constituem, mas ao ecossistema que criam no meio marinho.
Os recifes são considerados berçários de diversas espécies, que usam suas estruturas para se protegerem da ação das ondas, apresentando uma imensa diversidade de espécies. Estima-se que uma em cada quatro espécies marinhas vive ou viveu parte de sua vida nos recifes, incluindo 65% dos peixes.
Das 350 espécies de corais existentes no mundo todo, 18 delas encontram-se no Brasil. Mas a Austrália (e uma parte da Papua Nova-Guné) é o país que detém os maiores recifes de corais, também conhecidos como Grande Barreira de Coral, com mais de 2.900 quilômetros de comprimento.
Mas assim como são extremamente importantes para a vida marinha, os recifes de corais são também ecossistemas extremamente vulneráveis, pois se encontram, em sua maioria, em águas rasas, quentes e próximos à costa.
Diversas atividades humanas impactam diretamente esse sistema, como a pesca, poluição e até o aquecimento das águas, que causam o branqueamento dos recifes de corais. O branqueamento acontece quando os micro-organismos que constituem os corais morrem, deixando apenas a estrutura de calcário (branca).
Os recifes de corais caribenhos, que entraram em colapso e hoje apresentam apenas 14% de cobertura viva, são um exemplo do imenso impacto humano no meio marinho.
Percebendo a vulnerabilidade desses sistemas, Unidades de Conservação protegem os ambientes recifais no Brasil e em grande parte do mundo, o que limita a pesca e arrasto nesses ambientes. Mas outros fatores que também impactam os corais são ainda praticados largamente pela sociedade, como a poluição das águas, e a poluição do ar que leva às alterações climáticas.
Portanto apenas proteger e restringir a pesca nesses ecossistemas não é suficiente para livrar os recifes da extinção, é preciso parar a poluição e o aquecimento global, diminuir não adianta, uma vez que são sistemas extremamente sensíveis. O homem e as atividades impensadas da sociedade estão causando um colapso no universo e se não agirmos rápido, não será possível recuperar toda a diversidade que estamos perdendo para a avareza humana.
Foto do artigo publicada em: g1.globo.com
Recife saudável em Fernando de Noronha (PE). A espécie na fotografia é a ‘Montastrea cavernosa’, dominante na região de Noronha. (Foto: Divulgação/Zaira Matheus)