Existem pessoas que utilizam a excentricidade voltada para aquisição de coisas caras ou raras, mas invariavelmente supérfluas, onde o foco da vida, é a própria materialidade.
Outras, levam a vida de forma musical e começam a celebrar a morte, em vida, e preparam a “passagem” como uma verdadeira festa.
Assim é o Maestro Robson Miguel, que devota ao violão uma espécie de agradecimento em vida, por tudo aquilo que o instrumento lhe proporcionou.
Sendo assim, criou uma excentricidade impar, onde todos os anos, no momento exato do seu nascimento ( às 12h10 do dia 28.08.1959) , a luz do sol ilumina a sua urna funerária instalada no solo da sua casa, que abrigará no futuro as cinzas do violonista, misturada a madeira em pó de pau-brasil ,como um violão, para eternizarem este casamento .
E incrivelmente constatamos neste vídeo , gravado neste dia 28 de agosto, que as 12h10, a luz do sol “iluminou” a urna funerária por 2 minutos, desaparecendo em seguida como num passe de mágica, fato agora que somente se repetirá em 2018.
Ou seja, surge rapidamente no momento em que se celebra o aniversário do artista, sumindo em seguida.
Aí estão todos os ingredientes desta deliciosa matéria com o instrumentista, maestro, cacique, historiador, contador de causos e homem espiritualizado que passa a vida brincando com ela.
A final, o violão é a sua própria vida … afastar-se dele é um ato inimaginável e reservar um cantinho na urna funerária para ficar lado a lado com o pó da madeira que o acompanha, é uma obrigação.
Não deixe de assistir esta entrevista, onde Robson Miguel, fala da morte como vida, do sol como luz, e da eternidade como o momento exclusivo, que em 2 minutos se dissipa rapidamente.
E que somente se repetirá, quando a Terra der outra volta no Sol em 2018.
Enquanto isso, nós por aqui, simples mortais, vamos batendo palma s e dizendo: Parabéns Mestre Robson Miguel pelos seus 58 anos.
O Portal Sustentahabilidade agradece sua amizade e carinho.
Roberto Mangraviti e Bel Gimenez
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