É muito comum, jornalistas, políticos ou sociólogos serem considerados “progressistas” por comungarem com um pensamento ideológico esquerdista, para construção de um mundo multipolar e avançado. Esta postura “exclusivista” de ser um progressista, dissemina um sentimento estranho que faz parecer à sociedade, que pensar diferentemente de um esquerdista soa como torcer contra o progresso social, como se pessoas não esquerdistas fossem anti progressistas, ou contra avanços e desenvolvimento.
Se considerarmos que a expressão Desenvolvimento Sustentável surgiu em 1987 na Comissão Brundtland da ONU, quando definiu-se que o resultado de uma empresa (e também de um país) deve ser alcançado atendendo ao tripé PEOPLE, PLANET AND PROFIT (*), não existe nada mais ultrapassado do que ser “progressista” no Século XXI.
Ou seja há quase meio século, professores de grandes universidades, de todo mundo enfatizam que “crescer” significa fazer Lucro, com Responsabilidade Social e respeitando o Planeta … e os progressistas consideram que desenvolvimento significa copiar a Venezuela, que não atende absolutamente nenhuma dessas necessidades.
O risco ao internauta desavisado, que por ventura navegue na web sem conhecer conceitos desenvolmentistas da ONU, reside no fato que poderá achar artigos desses sociólogos, escritos entre 2010 e 2012, saudando Venezuela, Brasil, Argentina, e Bolívia pelos “critérios progressistas”. Claro que seria mais educativo este internauta procurar saber quem é Gro Brundtland ou Andy Savitz , retornado assim ao século passado para ser no mínimo, um pouquinho moderno.
E além desses critérios progressistas estarem contra estudiosos que há 40 anos utilizam outros valores de avaliação desenvolmentistas, os países exaltados nestes artigos recentes, hoje estão afundados em crise social econômica jamais vista (pelo menos no Brasil), que coloca este pessoal “progressistas” atolados num lamaçal retrógrado assustador.
Portanto a palavra “progressista” hoje é sinônimo de retrocesso, de gente com mente atrasada e de pensamento unilateral, em geral associada ao caos econômico.
Que alguns usuários do Facebook, por vezes sem conhecimento do que rola no mundo (inclusive acadêmico) se considerarem “progressistas” é razoável, apesar de triste. Mas que pessoas formadas em universidades ou na escola da vida (que também tem muito valor) se orgulharem do”progressismo” é de doer na alma …
“Progresso” é uma palavra associada ao crescimento em todas as frentes, a saber, o social , o econômico e ambiental… conceitos formulados por lideres muito além do espectro político-econômico, e isto há quase ½ século.
Pessoas com esse olhar adoentado e estacionado em facções políticas, confundem progresso com progressismo. Desacreditam em estudos acadêmicos, e das conquistas humanas obtidas por universidades quase milenar como Cambridge (Reino Unido) fundada em 1209, ou Harvard (EUA) em 1636, que tem toneladas de cientistas premiados há séculos, sempre com o olhar no futuro ancorando suas pesquisas. Mas aqui no Brasil cientistas e economistas são tidos como gente “atrasada”, afinal os “progressistas” são estes estudiosos do nada comprovado, nem na teoria, muito menos no mundo real, que constroem seu próprio mundo de faz de conta…
Portanto além da dengue, chikungunya e zika, doenças muito comuns no Brasil, outro mosquito vetor de doenças ataca nos trópicos, o “progressista” .
Então fica o aviso, o Ministério da Saúde adverte, não mantenha água parada, digo… pensamentos parados. Enxague de forma adequada sua mente, inserindo estudos de cientistas e pesquisadores de universidades e livre-se do mosquito “progressista”.
Autor: Roberto Mangravti
contato@sustetahabilidade.com
(*)PEOPLE – Refere-se ao tratamento do capital humano de uma empresa ou sociedade.
PLANET -Refere-se ao capital natural de uma empresa ou sociedade.
PROFIT – Trata-se do lucro. É o resultado econômico positivo.
Gro Harlem Brundtland (Bærum, 20 de abril de 1939) é uma política, diplomata e médica norueguesa, e um líder internacional em desenvolvimento sustentável e saúde pública. Foi membro do Partido dos Trabalhadores da Noruega (social-democratas) desde a sua juventude. Em fevereiro de 1981 tornou-se a primeira mulher chefe de governo do seu país, sendo atualmente enviada especial para as Alterações Climáticas da ONU.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gro_Harlem_Brundtland
https://en.wikipedia.org/wiki/Triple_bottom_line