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O quintal de Charles Darwin

O quintal de Charles Darwin

Você provavelmente já ouviu falar na teoria de evolução proposta por Charles Darwin.

Esta teoria basicamente propõe que os organismos mais aptos sobrevivem.

Pois bem, foi viajando pelo mundo com o navio Beagle que Darwin fazia suas observações e formulou a teoria da evolução.

Isso tudo já ouvimos falar muito, mas o que poucos sabem é que muitos de seus estudos aconteceram na Down House, a casa de campo de Darwin no sudeste de Londres, segundo reportado neste artigo publicado na Science.

O isolamento relativo da propriedade permitiu a Darwin realizar análises anatômicas em profundidade de tudo, desde bichos até pássaros.

Darwin complementou o trabalho com experimentos práticos. Ele reproduziu e criou 16 variedades de pombos, tentando mostrar que os tipos elegantes preferidos pelos criadores se desenvolveram a partir de apenas alguns tipos selvagens ancestrais.

Em seus jardins, Darwin apresentou tramas intrincadas onde estudou a diversidade e o crescimento de gramíneas e ervas daninhas, bem como a forma como as minhocas se movimentavam o solo. Nas encostas ao redor de sua casa, ele investigou a polinização e a reprodução das orquídeas. (Nem todos os seus experimentos foram bem sucedidos: um ano, as vacas comeram e pisotearam suas orquídeas).

Alguns experimentos foram considerados peculiares pelos padrões do século XIX, mas o trabalho forneceu dados que apoiam as noções de Darwin sobre variabilidade de características em uma população e como a seleção natural muda as mudanças nas populações ao longo do tempo.

As preciosas histórias de Darwin – e, em alguns casos, trágicas – e da vida familiar são tecidas no livro entitulado Darwin’s Backyard, de James T. Costa. Sem apreciar esse aspecto de sua vida, Costa afirma, nem Darwin nem suas realizações podem ser totalmente compreendidas. Por exemplo, ele recrutou sua esposa, primos e sobrinhas – e até mesmo seu mordomo e governanta – a ajudar com seus estudos caseiros de campo.

Um aspecto excepcional do livro: cada capítulo termina com uma descrição de algumas experiências de Darwin que os não cientistas podem realizar sozinhos. Os leitores apreciarão os contos que Costa conta e a experiência de recriar alguns dos trabalhos mais esclarecedores do naturalista famoso.

 

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Texto: Karen P Castillioni
contato@sustentahabilidade.com.br

 

 

Referência

‘Darwin’s Backyard’ chronicles naturalist’s homespun experiments

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Escrito por Karen P Castillioni

Bióloga com Mestrado em Botânica pela UNESP.Desenvolvedora de estudos ligados à ecologia, conservação, sustentabilidade e impactos das alterações climáticas.

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