Indicadores econômicos, não explicam automaticamente a situação de uma nação.
Até porque, por refletirem um determinado período, não se pode fixar “ início” ou “fim” de uma situação.
Por exemplo … hoje o Brasil possui 13 milhões de desempregados, número estável desde 2017. Quando este desastre começou ?
Em 2015 tínhamos 12 milhões … este crescimento é reflexo do passado ou do momento atual?
Os motivos? A crise mundial ? Crise interna? Ambas?
Mas enfim, certamente existem muitos miseráveis brasileiros dos últimos 16 anos.
Assim como existem respostas para estas questões, mas algumas pessoas interpretam números conforme suas conveniências político partidárias …muitas vezes acima dos interesses de uma nação.
Todavia quando um site de notícias do tamanho do Terra, estampa que a “ BBB” é recebida com festa, não se faz necessário qualquer tipo de análise ou interpretação de números.
Tampouco os indicadores podem gerar dúvidas interpretativas para um fato óbvio: nos últimos 16 anos, a educação no Brasil, é o MAIOR DESASTRE PRODUZIDO por dirigentes desta Nação em décadas.
Iniciado em 2002, o “programa” (se é que podemos chamá-lo assim), refletia o crescimento exponencial da internet e as novas formas de comunicação que estavam surgindo no Planeta.
Era um lixo desde o início, mas pelo menos refletia no mínimo uma ideia curiosa que se alastrava pelo mundo, que talvez justificasse uma ou duas edições.
Paralelamente, de lá para cá, desastres sucessivos iam acontecendo no campo da educação.
Investimento medíocre em escolas sucateadas.
Professores pessimamente remunerados.
Nenhuma preocupação para inserção de uma cultura em prol do estudo e da meritocracia na educação e na cultura… afinal o objetivo era “entregar o diploma” para inchar os números de “aprovados”.
Fica evidente essa realidade trágica, pelo “conteúdo” da TV, onde o BBB é a própria fotografia da hecatombe educacional da Nação.
E aqui não vai nenhuma postura conservadora ou preconceituosa, pois sequer destaca-se o fato de Jean Whyllis ter sido eleito deputado por conta de um programa de TV … até porque ele poderia ter saído do programa e se transformado num grande político.
Se assim foi com Ronald Regan, porque não poderia ser com ele também?
Porém o fato de resistir mais que uma década e meia, com o mais absoluto desprezível teor, o programa gera “líderes” e formadores de opiniões, compatíveis com um pais, onde fica claro que a informação (e formação) são jogados na lata do lixo… além de produzirem “intérpretes” de notícias improváveis.
Num pais que teve Monteiro Lobato, como colunista do Estadão e formador de opiniões, ter uma big brother recebida com louvor em sua cidade, seria motivo para encarcerar os últimos dirigentes do país, independente de qualquer índice econômico.
Não se faz necessário portanto, comprovar o desastre com indicadores (vide o índice do PISA joga o Brasil para as ultimas posições no mundo), porque indicadores são simplesmente, indicadores … e sempre terá um deputado e/ou “brother” explicando aqui ou ali o inexplicável.
Mesmo que Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirme que os brasileiros irão demorar 260 anos para atingir índices de leitura compatíveis com o mundo evoluído, sempre alguém irá questionar os números.
Afinal, indicadores são somente indicadores.
Agora a “Gleice” ser recebida no Acre como heroína, não há indicador que resista, caros defensores do indefensável.
Portanto afirmar que o povo foi “retirado” da miséria (mesmo que os indicadores econômicos verdadeiros neguem isso), choca-se frontalmente com esta notícia, comprovando através da WEB que nunca antes os brasileiros estiveram tão miseráveis, como nos últimos anos.
“Obrigado Gleice Taradona” por esclarecer à toda Nação, sobre nossa realidade.
Texto: Roberto Mangravti
Em tempo: Nada contra a vencedora, até porque não a conheço e sequer tenho a menor ideia de quem seja, o que faz, ou pensa.
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