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Resignifcando o Século XXI e ½ : do “politicamente correto” ao economicamente inepto.

Resignifcando o Século-XXI

Todos os meios de comunicação, conferencistas, ou filósofos, tem destacado a nova dinâmica que começará, após era covid. Destacam a mudança nas relações sociais, o home-office, os novos jobs, culminando com o nascimento de um novo “bebê humano”, … e que o parto será maravilhoso, ocorrendo em todas frentes do Planeta. Na verdade, todos sabemos que a Natureza não dá saltos, portanto é recomendável não gerar expectativas, que certamente não se confirmarão.

Especialmente em países pobres, onde outras demandas convivem drasticamente com o covid.

Portanto no caso brasileiro, uma família inteira de novos “bebês” com novos princípios, necessitam urgentemente parir: saúde, segurança, boa vizinhança, amizade, respeito à Natureza, etc etc.

E será necessário muita enxertia de novos gens neste novo biotipo humano, ainda em gestação.

Mas, em contra partida ao nascimento de novos seres, um tipo humano do “velho jeito de ser”, hoje na faixa dos 25 anos, está muito próximo da morte.

Afinal os pais daqueles rebentos, concebidos nas gestões de FHC, Lula e Dilma , são seres moribundos, pois não receberam educação dos seus genitores, muito menos saúde ou emprego, carentes ainda de bons exemplos de vida, de quem os concebeu.

O nome do “tipo” deste bebê? Assistencialismo… filhos paparicados pelos enganadores da república.

Lamentavelmente sobreviveram em meio a uma “mania” nacional de investir num princípio econômico de transferência de renda, sem contrapartida produtiva (e sem data limite de término).

Seus algozes, inseriram na alma nacional princípios comportamentais inadequados, em crianças, jovens e adultos, que passaram a acreditar que viver no Planeta Terra não exigiria “competência”.

Historicamente, no final do século XX, os índices brasileiros de produção, eram nanicos (como hoje ainda), sem que nenhuma mudança no foco dos investimentos públicos, mirassem em outro ponto.

Os trabalhadores da Alemanha, Japão e EUA, (por exemplo) , produzem de 3 a 6 vezes mais que os brazucas (1), e a escolha econômica daqueles presidentes para aumentar a renda média dos carentes, foi única: “transferir renda” via projetos sociais, sem agregar um centavo ao valor produtivo de bens e serviços.

Assim o “novo século” foi pautado pelo “politicamente correto” e pelo “economicamente inepto”.

E o mundo dos insensatos aplaudia (alguns em pé), para “parecer” bonito no teatro da vida, porém escondendo da sociedade o crime que estava sendo praticado, justamente contra esta mesma gente.

Afinal , essa massa de cidadãos já se encontrava fora do mercado de trabalho, e passado mais 2 décadas, ficarão agora praticamente EXCLUÍDOS deste novo século XX ½ , que ora se inicia.

Estranhamente, aquele grupo de pessoas não eram consideradas “desempregadas”, pois eram sub ocupadas, e não estavam procurando emprego, condição essencial para o IBGE, considera-las desempregadas tecnicamente.

Afinal, em tese, quem não está procurando emprego, não é desempregado.

Era um bico aqui outro ali … uma bolsa auxilio federal … um vale leite municipal…e mantinham-se vivas ou aparentemente “não desempregadas”.

Vale destacar ainda uma outra massa, de trabalhadores formais, também próximo do viés assistencialista, ligados às ONG’s, que chegaram a somar quase 4% dos trabalhadores do país. Eram grupos criados, uns para cuidar de animais em extinção … outros para evangelizar… outros para educar cidadãos que o Estado não educava, hipocritamente sustentados pelos governos e/ou estatais que os deseducava.

Em situações piores ainda de exceção, para abrigar mal feitos de Estatais, como a Petrobrás, que canalizava recursos sem limites para essas entidades dúbias, que enfileravam massas de desocupados, sem qualquer compromisso com a realidade da vida, muito menos voltadas para aplicação de ensinamentos de verdadeira sobrevivência da sua gente.

Parece piada, mas em 2015 o absurdo da ineficiência da Petrobrás, culminou com a compra de panetones para os funcionários sem concorrência pública. Motivo? O Natal daquele ano, “apareceu” de repente no dia 25 de dezembro, portanto sem tempo hábil, para que o célere Departamento de Compras, pudesse buscar a melhor opção de mercado, com a devida antecedência.

Ou seja estas empresas sem fins lucrativos, como IABAS que há 90 dias não consegue entregar hospitais de campanha no Rio de Janeiro e São Paulo, somavam 4% da massa trabalhadora, com padrão de eficiência igual ou menor de quem os contratava. Imaginem profissionais que mal sabem comprar panetone antes de dezembro, conferindo obras de engenharia hospitalar?

Assim temos 4% (genericamente falando) sem o hábito de concorrer para sobreviver, com baixos salários e alto despreparo… Correndo riscos competitivos no mercado pós-covid, como forte candidatos a engrossarem a massa de sub-ocupados, ou novos desempregados.

Temos também os profissionais ligados a bares e restaurantes, que em São Paulo, acredita-se que não voltarão ao trabalho, pois cerca de 35% destes estabelecimentos não reabrirão suas portas.

Todos, muito bem “acompanhados” de engenheiros, administradores e dentistas (entre outros), que Dilma e Lula tornaram-nos “motoristas profissionais” dos aplicativos, que também não constam no índice de desempregados.

Sendo assim, o Brasil entrará no Século XXI ½ com o verdadeiro número de desocupados que se devidamente contabilizados somarão 35 milhões de almas. Produto da soma dos beneficiados dos programas assistencialistas … outros do comércio em geral em queda vertiginosa … outros que estavam desempregados antes do covid (13 milhões), todos em PLENA IDADE PRODUTIVA.

Vale lembrar que em 2018, tínhamos , 91,8 milhões de trabalhadores ocupados e deste total, 32,9 milhões não tinham carteira assinada.

Ou seja, considerando 24 milhões de aposentados, mais essa o grupo de uns 35 milhões de sub-ocupados, resultará numa massa improdutiva, do mesmo tamanho mesma que a produtiva (regularmente trabalhando).

Não estamos aqui sequer considerando, outros reflexos de médio prazo, de atividades tidas como sociais, a exemplo dos cobradores de ônibus das grandes cidades, onde o transporte já apresenta há décadas catracas eletrônicas… ou seja uma gama imensa de atividades obsoletas sob risco de empregabilidade, frente o desafio de reduzir custos das empresas.

Portanto, o Século XXI ½ , para o Brasil, deverá varrer para o lixo(finalmente), a visão assistencialista, como uma das piores doenças que se instalou no século.

Afinal, dava-se um “remédio” para um filho doente crônico (subocupado), que não morria … mas também não vivia.

Eram consumidas verbas INEXISTENTES, com aquela conversa fiada “tudo pelo social” e agora, diante de um buraco econômico sem tamanho, como ficarão?

Poderá a Prefeitura do Rio de Janeiro, consumir a mesma verba para o Carnaval 2021 sem que tenha sido entregue os 7 hospitais para atender pacientes covid?

E o Bumba meu boi, que foi incluído na lista de Patrimônio Cultural do Brasil em 2012 ? Como ficarão os gastos das Prefeituras do Norte e Nordeste?

Estes filhos estão todos largados na rua da amargura, e os pais verdadeiros (FHC, Lula e Dilma), estão de costas para suas crias.

Uma das poucas “esperanças”, filha dileta da fé racional, será uma possível antecipação Reforma Fiscal e Tributária que poderá estar nascendo, forçosamente a fórceps, se houver algum juízo do Congresso.

Afinal o Século XXI e ½ , não está nem aí para quem é “pai do covid”, o “pai do assistencialismo” , ou o “pai do subocupado”.

O Planeta estará selecionando filhos “sãos”, na acepção maior das coisas da vida, para vivenciarem a existência com competência ampla, requisito básico da Natureza, para sobrevivências das espécies.

Ou seja “resignificar” a existência do ser, para equacionar toda esta confusão que se instalou no Brasil.

Texto: Roberto Mangraviti

www.robertomangraviti.com.br

(1) Em 2012, o Setor de Serviços dos EUA, produziu 5,6 (cinco virgula seis) vezes mais que o Brasil (per capita) e o Japão 3,9.

Em 2018 o Brasil ocupou a posição 78, num Ranking de 124 países, uma posição a frente do Sri Lanka.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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