Os anos que antecederam a Copa do Mundo e as Olimpíadas, animaram investidores a direcionar recursos ao ramo hoteleiro.
Em cinco anos 525 novos empreendimentos foram inaugurados no Brasil.
Somente em Belo Horizonte, a oferta de leitos subiu 50% e convenhamos que, independente da crise econômica, manter 40% dos quartos ocupados ( índice mínimo para cobrir o custo fixo), seria otimismo exagerado.
Segundo a Exame, “ em seis meses, foram lançados 67 empreendimentos, mas apenas 30 foram entregues. Entre novos e antigos, 22 pararam de operar.”
Um deles deve ser transformado em lar para idosos. Segundo o Instituto Nacional de Recuperação Judicial, oito empreendimentos do setor faliram no ano passado, e nove fecharam as portas e estão esperando a economia começar a melhorar para reabri-las.
Considerando a maior recessão da história do Brasil, estima-se que a demanda por quartos tenha caído 15% em todo país.
E estima-se que a taxa média de ocupação esteja em torno de 30%, portanto abaixo do mínimo necessário para cobrir o custo fixo, mesmo que o setor tenha reduzido preços (10%) e utilizado promoções.
Mesmo em São Paulo, onde a taxa de ocupação da rede hoteleira está ligada ao turismo de eventos, a situação é preocupante, pois em março o setor apresentou 30,6% de redução com relação ao mês de março 2016 (vide quadro abaixo).
Especialistas estimam que o equilíbrio do setor deverá ocorrer somente em 10 anos.
Texto: Roberto Mangraviti
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