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A “ lógica matemática” da liberação de Abdalmassih

Abdalmassih

A autorização do ministro  Ricardo Lewandowski para que o criminoso Roger Abdelmassih, possa cumprir em sua residência a pena de 181 anos de prisão pelo estupro de pelo menos 37 pacientes, leva os leigos e cidadãos comuns a conclusões  estranhas.

Vale inicialmente considerar que o ministro do STF, dada a situação de saúde debilitada do criminoso, hoje com 74 anos, liberou-o do cumprimento da pena em presídio.

Sendo assim, considerando que a idade média do brasileiro é de 74 anos, todo criminoso com mais de 50 anos que venha praticar crimes com pena de superior a 25 anos, certamente cumprirá parte dela em sua residência, afinal estará adoentado diante da morte que se aproximará como comprova o IBGE.

Esta “conclusão” estranha se dá, mesmo diante de penas centenárias como deste delinquente.

E com o agravante  que somente não recebeu uma pena mais severa, de 200 ou 300 anos de prisão, porque dezenas de outras vítimas, mesmo que tenham feito queixa contra este agora presidiário domiciliar,  não lograram êxito pois outros  crimes Roger Abdelmassih já estavam prescritos.

Outra estranha conclusão, é que se um jovem com 18 anos, que cometa um crime, como um atropelamento que mate mais de 1 pessoa (mesmo que sem intenção), ou que cometa um crime passional, mesmo sendo primário, poderá perder toda sua vida adulta numa prisão, pois estará na plenitude provável da sua saúde para cumprir a pena na sua totalidade.

E o mais estranho neste triste episódio desta quase liberdade agora concedida, é que criminosos reincidentes, ou de crimes em séries como Roger  Abdelmassi, (uma espécie de  serial “killer” tupiniquim) costumam ameaçar suas vítimas quando estão libertos.

Ou seja, aumentam os riscos das vitimas sofrerem ameaças, representando portanto um risco social.

Diferentemente do criminoso que cometeu um atropelamento com vítimas, que diante uma pena bem aplicada, dificilmente representaria um risco social após libertado,  porque a lição estaria bem aprendida.

Conclusões malucas, a partir da liberação de Roger Abdelmassih nos levam a imaginar que, se um eventual crime for cometido por um cidadão maranhense, que tem expectativa de vida de 70 anos (conforme o mesmo IBGE), cumprirá o infrator uma pena menor ainda, diante da velhice doente que o acometerá antecipadamente.

Por outro lado, se o criminoso for um azarado catarinense com média de quase 80 anos, seu calvário será maior.

estatistica

 

Em suma, 200 anos de prisão para um idoso é mais fácil de encarar que 20 anos de cárcere para um jovem neste Brasil estranho, conforme entendeu Ricardo Lewandowski.

Durma-se (em casa) com um raciocínio “matemático” destes.

 

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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