Em todos locais do mundo as loterias tem uma parte dos seus recolhimentos voltados para a área social.
Segundo o Estadão, existem no Brasil 13 mil casas lotéricas que arrecadam anualmente R$ 6 bilhões de reais em impostos.
A matéria do jornal adiciona que , caso o setor seja privatizado os impostos recolhidos poderão atingir R$ 12 bilhões de reais, o dobro do nível atual, pois serão utilizadas plataformas on-line e outras melhorias.
Naturalmente que estas possibilidades estão vinculadas a privatização, dada a impossibilidade do Governo em investir, no presente e no futuro a médio prazo, especialmente em novas tecnologias.
Vale destacar que as Loterias são fontes de arrecadação governamental, especialmente no Brasil, onde 40% são destinados para as áreas sociais, que naturalmente manter-se-iam no mesmo nível global de destinação.
É claro que estas casas lotéricas que hoje empregam 200 mil pessoas, certamente perderiam postos de trabalhos, que seriam parcialmente absorvidos pelos desenvolvedores de tecnologia, pois grande parte da venda passa a ocorrer on line.
Contudo o volume adicional de impostos proporcionaria possibilidades de investimentos adicionais, especialmente em educação.
Até porque privatizações, sempre tenderá a absorver mão de obra qualificada em detrimento da não qualificada, pois eleva a qualidade do serviço prestado, porém agregando valor e impostos em contrapartida.
Por este motivo que a privatização “apavora” tanto no Brasil.
Como exemplo, podemos citar o transporte público que ainda mantém cobradores, e caso fosse privatizado, certamente geraria num primeiro momento desemprego neste setor. Obviamente em contrapartida, alavancaria a produção na indústria automotiva e de tecnologia, gerando entre o mais e menos um saldo positivo de arrecadação.
Portanto, talvez as Loterias, possa ser o teste ideal para comprovar quanto novos empregos poderão ser criados com a privatização e o impacto na economia como um todo.
Pois na verdade o volume de recursos arrecadados no Brasil é muito baixo (0,3% do PIB) , sendo que em outros países este percentual chega até a 2% do PIB, ou seja uma montanha de dinheiro.
Veja abaixo como no Brasil e no mundo esta verbas são socialmente destinadas.
Imagem: Descomplicando Economia
Autor: Roberto Mangraviti
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