2020 entrou definitivamente para História do Planeta de forma inexorável.
Temos somente a certeza da contaminação, diante das incertezas das soluções.
E neste cenário que avançou por 2021, e assim seguirá, algumas verdades que andavam esquecidas, ganham necessárias reavaliações.
Viver um dia após o outro, por exemplo, uma sabedoria milenar de todos os povos, agora ganha uma nova dimensão cultural, obrigando a repensarmos sobre como devemos “levar” a vida … a missão individual … missão coletiva dos seres… etc etc.
Mas certamente está na atitude da Compaixão, sentimento estagiado numa escala anterior a Caridade, que a nova educação da alma vai se forjando em formatos diversos.
Temos na Caridade, um conceito milenar desenvolvido por Saulo de Tarso, onde um indivíduo deve desempenhar a benevolência, mesmo sem que o necessitado a solicite.
Este modelo preconiza uma atitude objetiva de ir ao encontro ao desemparado como condição sine qua non.
Pouco estudada tecnicamente quanto sua essência e modelo, a Caridade ganhou contornos indevidos e desestruturantes da alma, através de assistencialismo deseducador.
Pois agora, a dor que circula imediatamente em notícias entristecedoras obriga-nos a esconder momentos de Alegria, como forma respeitosa de apoiarmos as dores alheias, no exercício primário da Compaixão.
Do termo latino compassione, a Compaixão se caracteriza pela piedade e empatia em relação à tristeza alheia, mas de pouca ação sistêmica, pois a etimologia da palavra significa “sofrer com”… portanto uma certa dor “inativa”.
Daí o motivo de sentirmos certa “vergonha interior” de exalarmos alegrias até por coisas corriqueiras, afinal sempre concomitantemente, alguém ou famílias estão sofrendo diante da nossa apatia.
Talvez seja uma lição do Plano Maior , como legado marcante do novo século, tendo em vista que a Caridade, não compunha o cesto de ações sistêmicas das pessoas , afinal poucas dessas sementes estavam plantadas no solo da alma humana.
Agora forçosamente, começamos a olhar o Planeta como um “todo”.
E ganha nova dimensão e obrigação o compromisso do indivíduo crescer como pessoa, impactando de forma positiva no seu entorno.
No passado recente, tivemos entre outros, Gandhi, Madre Tereza, Chico Xavier que se apresentavam como representantes do exercício da Caridade, porém mal compreendidos.
E assim sendo, eram pouco seguidos e sequer estudados, pois divisões religiosas cegavam as pessoas da exemplar conduta desses militantes do bem, que enxergaram milênios a frente das Religiões.
Aparentemente, o momento atual se apresenta com uma nova “onda”, onde a Esperança Planetária, se mostra como um tipo de sentimento que surge lentamente no orbe, finalmente desassociando, raças, credos ou cores.
Este movimento ainda se mostra lento, que não nos permite sequer vivenciarmos até o sentimento educador da Alegria, de forma ampla e incontida.
Portanto nos tempos atuais, a inserção da educação da alma nos currículos da vida, ganha obrigatoriedade no espaço do cotidiano.
E para tal, se mostra estranho em certos momentos, termos que ocultar Alegria… quando não, sentirmos até vergonha, as vezes, de senti-la.
Mas quando a Fé Raciocinada (sentimento que deverá ganhar novos estudos) se mostrar presente no currículo da educação da alma, poderemos libertar sentimentos aprisionados em nossos seres… até mesmo da Alegria.
Portanto desejamos a todos um Domingo exemplarmente construtivo, entre dores e a aprendizados, mas com a paz invadindo a coração, como diz a linda canção.
ROBERTO MANGRAVITI
Colunista da ADASP-Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo; do Instituto de Engenharia; Editor do Portal SustentaHabilidade, da Coluna “SustentaHabilidade” no Jornal ABC Repórter, e apresentador do Programa SustentaHabilidade na Rede NGT (digital) e Soul TV Omni Channel (smarts Tv’s LG e Samsung).