O impacto de um pássaro leve de 1.5 kg com um avião que viaja a 600 km/h equivale a 500 toneladas.
Anualmente, ocorrem milhares de casos de aves que se chocam com aeronaves. Além disso, a presença de aves ao redor dos aviões pode fazer os sistemas de radar difíceis de serem lidos, o que atrasa vôos.
Essa situação oferece um risco não apenas a segurança dos passageiros e dos aviões, mas como da fauna. Por exemplo, em 2009, um bando de gansos canadenses se chocou com um avião que saia de New York. O resultado disso foi que a aeronave precisou fazer um pouso forçado na água e felizmente todos os passageiros sobreviveram.Embora em muitos casos de colisão não haja nenhum risco para a segurança do avião, a mortalidade da fauna é de quase 100%. Os restos orgânicos das aves são percebidas depois na fuselagem.
O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) é um órgão governamental que recebe as noticações sobre quais espécies estavam envolvidas na colisão e realiza um levantamento nacional de colisões entre aves e aeronaves.
Qual é a solução?
A lei 12.725 de 2012 dispõe sobre o controle de faunas (ex.: urubus) em aeroportos e limita atividades que atraiam aves ao redor de aeroportos, como aterros sanitários ou matadouros.Por outro lado, a fauna do entorno deve ser monitorada e identificada pelos aeroportos públicos, seguindo a determinação da norma 164/2014 dos Regulamentos Brasileiros de Aviação Civil.
Esse monitoramento anual resulta em um diagnóstico que leva a estratégias de manejo para deixar o ambiente mais hostil a presença das aves: remover possíveis abrigos, colocar barreiras para impedir que as aves pousem e se alimentem, além de drenar toda fonte água. Dispositivos sonoros e luminosos também são adotados, assim como a falcoaria, em que falcões são usados para afugentar espécies como Quero-quero.
Fonte:
Revista O Biólogo. Ano X – n. 39 – Jul/Ago/Set 2016.
http://jornalismo24horas.blogspot.com/2011/06/colisoes-entre-avioes-e-aves-aumentam.html
Texto: Karen P Castillioni