Quem nunca viu aquele conjunto de xícaras, pires, pratos e outras peças na casa da avó? Os jogos de porcelana foram por muito tempo parte do enxoval das mulheres, trazendo até certo status para a noiva.
Embora essas histórias de enxoval, casamento e avós nos sejam muito familiares, a história da porcelana inicia muito antes disso. Oficialmente, a porcelana surgiu na China, entre 500 e 700 d.C. Historiados suspeitam que o surgimento da porcelana está atrelado ao superaquecimento de um forno de cerâmica. À temperaturas mais altas que o normal, a cerâmica surpreendeu os chineses se transformando em um material mais duro e branco.
Em meados do século XIII, a Europa conheceu a porcelana. Inicialmente, tentaram sem sucesso copiar o processo de fabricação da massa. A situação só mudou quando o cientista alemão Ehrenfried Walther von Tschirnhaus e o alquimista, também alemão, Friedich Böttger descobriram a fórmula do material. Isso possibilitou que a porcelana se espalhasse pela Europa.
Conforme a Escola Britânica, a porcelana nada mais é do que um tipo especial de cerâmica, que utilizada uma massa predominantemente branca. Essa massa é feita principalmente com o caulim, um tipo de argila branca e forte. O caulim é misturado com porções menores de argila comum e com outros minerais como o quartzo e o feldspato.
Basicamente, a produção de cerâmica segue os seguintes passos:
1) Modelagem: antes de tudo, é necessário fazer um molde de gesso, que irá gerar a peça;
2) Preparação da massa: mistura (em laboratório) de itens como caulim, feldspato, quartzo e argila comum;
3) Fabricação: a fabricação automática, que responde por 90% da fabricação de porcelana, é utilizada para produzir xiras, pratos, pires, entre outros. Para produtos maiores, como saladeiras e sopeiras, o processo manual é o ideal;
4) Queima: aqui, as peças sofrem uma primeira queima, que garante a resistência e a porosidade do material;
5) Decoração: pode-se utilizar decalques, que são adesivos colados à peça; e filetes, produzidos através de dois tipos diferentes de pincel;
6) Queima (parte 2): as peças decoradas passam por uma queima final, que garante o acabamento das peças.
Autor: Cristian Reis WestPhal
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