As embalagens pós consumo de papel geradas em todo o território brasileiro representam 38,9% da massa recuperada registrada em notas fiscais verificadas pela startup Central de Custódia Logística Reversa.
É o resíduo de maior índice, com 420 mil toneladas do total de 1.08 milhão de toneladas registradas pela plataforma de dados da startup, que equivale a 33 bilhões de embalagem.
A verificação de notas fiscais garante que essa massa de fato retornou ao ciclo produtivo. Depois do papel, o plástico representou 27,3% (295 mil toneladas), o metal 16,6% (178 mil toneladas) e o vidro com 16% (172 mil toneladas) da massa recuperada
Os dados fazem parte do primeiro milhão de toneladas de embalagens pós consumo verificadas pela Central de Custódia até março de 2023.
O processo de logística reversa vem aumentando o seu nível de compliance desde o seu surgimento a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos – Lei Federal nº 12.305/2010. Recentemente, em 13 de fevereiro de 2023, o Governo Federal publicou o Decreto nº 11.413/2023 que define como Verificador de Resultados a pessoa jurídica de direito privado, homologada e fiscalizada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança no Clima (MMA), contratada pela entidade gestora e responsável pela custódia das informações, pela verificação dos resultados de recuperação e pela homologação das notas fiscais eletrônicas emitidas pelos operadores do sistema de logística reversa.
A Central de Custódia é pioneira nesta atividade no Brasil. Os resultados foram alcançados pelo trabalho de 27 entidades gestoras, 1020 operadores de recilagem, sendo 609 cooperativas e associações de catadores e catadoras de papel espalhados por todo o país. Essas Entidades Gestoras representam mais de 10.000 fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos comercializados em embalagens em geral, números que consolidam o trabalho da startup como verificador de resultados.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de lixo e um dos que menos recicla, atualmente apenas cerca de 4%. De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, a ABRELPE, em 2030, serão gerados cerca de 100 milhões de toneladas por ano.
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