Convidado
Quando se fala em inclusão, logo se pensa em acessibilidade, lei de cotas ou benemerência, não necessariamente nesta ordem!
Mas, inclusão social, é muito mais que “aparentar” atitudes politicamente corretas, debater legislação ou aspectos psicossociais de uma sociedade. Portanto, vamos aqui neste espaço discutir como deveria realmente ser a convivência entre opostos.
Todos nós convivemos com o diferente, pois somos todos diferentes uns dos outros, porém existe um padrão pré-concebido que entre outras razões, serve para vender artigos de consumo como carros, roupas ou móveis, onde “formatar” um “padrão” de produção, facilita à indústria nos ganhos de escala.
O conceito da palavra “inclusão”, significa incluir dentro de um grupo, alguém ou algo que por alguma razão, encontra-se fora dele. Justamente esta somatória de dois ou mais grupos, misturando diferentes elementos, resulta no crescimento comum, dos componentes individuais, através da troca de experiências, levando a um resultado amplo e geral.
Agora, se você estiver lendo esse artigo em seu trabalho, no restaurante ou no transporte público, repare a sua volta … o que está vendo? Está vendo exatamente uma grande diversidade dentro dessa multiplicidade, ou seja, o sentido verdadeiro da Inclusão Social.
Contudo temos que ser realistas e colocarmos verdadeiramente na mesa de discussão, quer seja no trabalho ou nos lares, um fato comum em nossa sociedade. Que apesar de muitos indivíduos buscarem a prática do “ser” politicamente correto, por vezes estão varrendo essas “poeiras” para debaixo do tapete, quer seja por sinal de medo, rejeição ou sentimento de inferiorização. Isto em decorrência de um temor muito comum em lidar com desconhecido, rejeitando este enfrentamento. Esta atitude em alguns casos, gera uma carapaça, digamos assim, que esconde uma inferioridade do indivíduo , que busca ser superior.
Esse é o processo geral do ser Humano, que só pode ser reconstruído quando sentir na própria pele, esse processo de rejeição. Ou ainda, quando se faz uma grande mobilização para quebra de paradigmas, levando à pratica do pensar fora do “quadrado” ou da padronização, interna e externa, que carregamos.
Portanto “Inclusão Social” significa dar oportunidade de conviver com o diferente, aceitando que existem sempre várias formas de se fazer uma mesma coisa. E a esta dinâmica, na Natureza, chamamos de adaptabilidade, e no mundo dos negócios, de inteligência empresarial ou Business Inteligence. Donde pode-se concluir que um grande fator diferencial, das empresas que querem realmente prosperar (especialmente na crise), são as que enxertam em seu “DNA” colaboradores diversificados, tanto fisicamente quanto intelectualmente.
Por fim, se nos dias de hoje, estivessem as empresas focando na capacitação com o olhar na diversidade, teríamos mais pessoas com deficiência trabalhando e produzindo nas empresas, ao invés de estarmos aqui discutindo a “ Inclusão Social”.
Autor: Eduardo Roberto, Consultor Corporativo , especialista em Treinamento, Recrutamento & Seleção para Empresas e de Pessoas com Deficiência.
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