O mundo que pensa, sabe que a palavra “presidenta” não existe.
Isto posto, imaginemos agora amigo leitor, um hipotético diálogo entre profissionais diversos e seus interlocutores.
Cena 1: Uma violonista e um fã.
Fã: – Adoro seu jeito de tocar violão. Quem te inspirou?
Violonista: – A Baden Powell. Desde que eu era menina.
Fã: – Êpa, o Baden era um homem!
Violonista: – Humm … mas gosto de usar o artigo invertido, fica melhor.
Cena 2: Um dentista e seu paciente.
Dentista: – Não tenha medo, vou chamar meu anestesisto para aplicar a injeção.
Paciente: – Ei doutor, não existe o termo “anestesisto”!
Dentista: – Para a profissional mulher, a denominação correta é anestesista… logo para o homem?
Cena 3: Um mecânico e seu cliente.
Cliente: – O que aconteceu com o motor do meu carro?
Mecânico: – Desmontei o motor… estava vazando muito ólea.
Cliente: – Amigo, você é alemão? Não é “ólea”, é óleo.
Mecânico: – Uai, na minha terra, que é a terra da presidenta, se fala ólea.
Caro leitor, você continuaria fã da artista? Extrairia o dente com esse dentista? Deixaria seu carro nesse mecânico?
É assim que sente o mundo que pensa.
Observação : A equipe do Lexikon, que atualiza o dicionário Aulete, avalia que os substantivos e adjetivos de dois gêneros terminados em -ente não apresentam flexão de gênero terminado em -a . Por isso, não dizemos “gerenta”, “pacienta”, “clienta” etc. Caso fosse “presidenta”, por coerência, diríamos “a presidenta está contenta”.
Autor: Roberto Mangraviti
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