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Quem trabalha não tem tempo de protestar… e uma velha cadeira.

A tolerância no Brasil, reclamada por tantas pessoas,  está longe de ser alcançada, por absoluta falta de estudo e  de ação dos reclamantes.

Como obter conhecimento de algo que não se pratica?

E como obter conhecimento de algo que não se estuda?

Temos no caso de Irmã Dulce (Salvador, 1914- 1992 ) e Divaldo Pereira Franco  ( Feira de Santana,1927),  exemplos desconhecidos do povo brasileiro, porque  estuda pouco como alcançar grandes resultados e pratica menos ainda.

A líder religiosa católica, indicada ao Prêmio Nobel da  Paz em 1988 ,  fundou na Bahia com apenas 22 anos de idade, a União Operária São Francisco (1936), primeiro movimento cristão operário da Bahia.

No ano seguinte  fundou o Círculo Operário da Bahia, mantido com a arrecadação de três cinemas construídos através de doações.

Defendia portanto os operários, num  tempo em que isto era incomum. Discursos libertários? Bandeiras em punho com reivindicações?

Nada disso … TRABALHO PACIFICADOR.

Esse era o lema de gestão que norteou sua trajetória, construindo o  Hospital Santo Antônio, centro de um complexo médico,social e educacional, hoje com cerca de  4 milhões de atendimento laboratoriais por ano .

Vejam o número: 4.000.000!

Por sua vez Divaldo Pereira Franco, hoje prestes a completar 90 anos, é o fundador da Mansão do Caminho (1952), que atende 6.000 pessoas carentes diariamente, fornecendo refeições e abrigando cerca de 3.000 crianças residentes (permanentes) até a maioridade, ofertando  escola e educação para a vida, tendo centenas delas registradas como filhos em cartório.

Naturalmente que estas crianças ao se tornarem adultos, retornam à Mansão do Caminho, quer seja como voluntários no trabalho, ou contribuintes na manutenção, criando assim estrategicamente um  “circulo do bem”, infindável.

Divaldo, como um homem propagador do verdadeiro bem estar humano,  a convite da ONU, já proferiu 2 palestras na entidade mundial falando da paz pelo mundo, assim como palestrou em mais de 50 países, superando 15 mil apresentações.

Como este incansável trabalhador reúne condições financeiras para sustentar  tantos?

Através dos seus mais de 250 livros editados, que somados com suas palestras, são revertidos para sua  imensa obra.

Procure caro leitor avaliar com profundidade, quem já esteve palestrando na Organização das Nações Unidas, uma única vez, como convidado? E duas? E ter educado milhares de crianças sem apoio de governos?

Avalie mais um pouquinho … O que une a trajetória desses dois imensos gestores, por sinal em diferentes ambientes, tendo sido Irmã Dulce, católica, e Divaldo é um médium espírita?

O TRABALHO !

Porque quem trabalha não tem tempo de reivindicar.

Ou melhor, suas reivindicações se dão pelo exercício do trabalho bem realizado, e não por palavras ou bandeiras hasteadas em passeatas politizadas de gente que não produz nada.

Até porque, líderes grandiosos como Divaldo ou Irmã Dulce, não tem tempo para passeatas, pois precisam gerir suas imensas empreitadas.

E para encerrar,  Divaldo nos conta, agora no ocaso da sua existência, que frequentava com regularidade a veneranda Irmã Dulce, que o recebia sempre numa velha cadeira de madeira, que era extremamente torta e  desconfortável.

Se apiedando da exemplar trabalhadora, ofereceu-lhe de presente uma cama confortável que pudesse melhor acomodar seu corpo já envelhecido.

E a caridosa senhora respondeu-lhe de pronto … “ Grato meu filho, mas não posso aceitar, pois esta cadeira velha, já produziu 10 camas para orfanato, por pessoas que me ofereceram uma nova cadeira”.

Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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