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Risco de morte entre idosos no isolamento é 14% maior

Risco de morte entre idosos no isolamento é 14% maior

Terapia ocupacional ajuda a manter autonomia nas atividades da vida diária

Uma pesquisa da Universidade de Chicago revelou o surgimento de novas doenças inflamatórias entre idosos na pandemia, e concluiu que o isolamento aumenta em 14% o risco de morte acima dos 60 anos. E isso vai dos casos mais extremos, como avós que não puderam conhecer os novos bebês da família, até aqueles que mudaram suas rotinas e sentem as consequências disso.

A questão é séria e faz parte dos desejos e necessidades mais intrínsecos do ser humano. Isso porque, entre outras complicações, a solidão e a ausência de movimento induzem no corpo uma situação semelhante ao alto estresse. E esse, por sua vez, solicita respostas inflamatórias que causam a menor fabricação de leucócitos – células do sangue responsáveis por lutar contra infecções.

Em vista disso, os geriatras recomendam a manutenção dos movimentos do idoso para que, ao mesmo tempo em que se protege da covid-19 e de outras doenças respiratórias ligadas ao inverno, possa manter suas funções motoras nos níveis necessários ao bom funcionamento do organismo.

“A pandemia afeta demais a vida do idoso. Por isso recomendo a manutenção das sessões de terapia ocupacional presenciais, tomando-se todos os cuidados sanitários. Eu preciso pegar no paciente para avaliar sua musculatura”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Szmidziuk, que tem mais de 30 anos de experiência na área. A partir de sua vivência em consultório, ela recomenda realizar sessões que estimulem o lado motor e funcional dos mais velhos.

Entenda a importância do estímulo motor para os idosos

“Não se trata de ‘arranjar algo para eles fazerem’, e sim auxiliar o idoso a fortalecer o corpo e entender tudo que é capaz, de forma autônoma”, recomenda Syomara.

Nas sessões de terapia ocupacional, eles retomam o contato com a realidade concreta, que, muitas vezes, se perde no isolamento e pela ausência de socialização. A profissional auxilia no estímulo de práticas de autonomia na higiene, alimentação e lazer.

“O próprio fato de falar sobre seus interesses, estimular a musculatura e demonstrar na prática o que ele consegue fazer ajuda o idoso a retomar a alegria dos afazeres diários”, conclui Syomara.

* Syomara Cristina Szmidziuk atua há 30 anos como terapeuta ocupacional, e tem experiência no tratamento e reabilitação dos membros superiores em pacientes neuromotores. Faz atendimentos em consultório particular e em domicílio para bebês, terapia infantil e juvenil, para adultos e terceira idade. Desenvolve trabalho com os métodos RTA e terapia da mão, e possui treinamento em contenção induzida, Perfetti (introdutório), Imagética Motora (básico), Bobath e Baby Course (Bobath avançado), entre outros.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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