O desastre recente ocorrido em Brumadinho, reacende os debates sobre as questões ambientais e riscos à população.
Considerando que a linha editorial do nosso trabalho é assertiva, não teceremos comentários a respeito desta última tragédia, até porque as notícias que circulam, denotam um desencontro de informações, que coloca sob suspeita, o que é verdade, e o que é fake.
Vamos assim, aqui expor breves informações importantes sobre o tratamento de rejeitos de mineração e as soluções tecnológicas nacionais.
A extração de minério, produz rejeitos que vão se acumulando em depósitos, ou grandes áreas de contenção dos mesmos.
Temos como exemplo, a cidade de Caldas, também em Minas Gerais, que extraiu urânio entre 1982 e 1995. Após a extração do material bruto, o metal é enriquecido aqui em Aramar (Iperó/SP), para posterior instalação de pastilhas nos submarinos nucleares brasileiros, ou utilizado nas usinas Angra I e II.
Contudo para extração deste urânio, outros metais pesados “sobram” rejeitados, entre eles alumínio, manganês, ferro, que acabam depositados em imensas lagoas represadas por barragens, para que não contaminem o solo, lençol freático, lagoas e rios do entorno.
Tratar estes resíduos, para descontaminação, no caso de Caldas, estima-se que seriam necessários 700 anos, e a remediação que vinha sendo utilizada, neste caso específico, era o lançamento de cal virgem nas lagoas.
Conforme apresentamos no Programa SustentaHabilidade de outubro, a Brasil Ozônio, desenvolveu uma tecnologia com apoio do BNDES que purifica a água da “lavagem” dos metais depositados, que está sendo aplicada com extremo sucesso.
Assista aqui um vídeo do BNDES sobre esta solução.
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br