O povo suíço, numa demonstração de elevação cidadã, aprovou numa votação um novo modelo energético, que visa promover energias renováveis, além de proibir a construção de novas usinas nucleares.
Este “pacote energético”, recebeu o nome de Estratégia 2050, e ganhou força na sociedade suíça após o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.
Alemanha, também segue neste passo, organizando-se para desligar suas usinas nucleares (comuns na Europa por falto de rios adequados) por volta de 2025/2030, mas para a Suíça o envolvimento popular mostra esta consistência ampla, considerando que somente Argóvia, Glarus, Obwalden e Schwyz, rejeitaram a nova lei.
Num país, onde o gelo dos Alpes é a “forma” de água, a Suíça conta com cinco centrais nucleares (1/3 da matriz energética), que possuem uma vida útil até meados do século em curso, além das fontes termelétricas e hidrelétricas.
Compõe ainda a “Estratégia 2050”, a redução individual de consumo de cada cidadão em 16% até 2020 e em 43% até 2035(*).
E outros esforços serão imputados aos cidadãos, com o aumento dos preço das tarifas atuais,visando financiar fontes limpas como solar, eólica e geotérmica, a biomassa e o biogás.
Caberá aos governos que dirigirão a Suíça, nos próximos35 anos avaliarem estes impactos na sociedade além das questões turísticas, decorrentes de placas solares e geradores eólicos que poderão prejudicar a linda paisagem dos Alpes.
Contudo o mais importante, é a dinâmica democrática que estas demandas estão sendo conduzidas.
(*) redução calculada tomando como base o ano 2000.
Imagens Wikipédia
Texto: Roberto Mangraviti
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