Muito tem se falado sobre como inserir a pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
Os argumentos sociais, que são os mais lícitos, nem sempre “comovem” os empregadores, especialmente num país estagnado economicamente, e que cresce há 16 anos míseros 2% ao ano, em média(*).
E precisando urgentemente, impactar em vendas e reduzir custos, os agentes econômicos, não percebem uma possibilidade única, diante do ambiente de mercado que envolve a pessoa com deficiência.
Segundo Susanne Bruyère, diretora do Employment and Disability Institute Cornell University, especialista na empregabilidade da pessoa com deficiência, pesquisas norte americanas indicam que “US$ 220 bilhões estão na mão de pessoas que têm algum tipo de deficiência. Ou seja, é um enorme e potencial mercado consumidor” . A mesma profissional informa que “Cerca de 30% das empresas têm dificuldade em adaptar o local de trabalho. Mas poucos sabem que 80% das mudanças custam menos de US$ 1 mil, nos EUA”.
No campo do consumo vale lembrar que hotéis e restaurantes adaptados com rampas e sanitários espaçosos, mantém taxas ocupacionais de 75% em médias. Naturalmente porque cada pessoa portadora de deficiência, agrega 3,5 novos consumidores, pois os parentes e amigos escolhem estes locais por permitir um acolhimento amplo e sem constrangimentos dos encontros sociais. Alem dos mais, as taxas de fidelização dos consumidores, superam os níveis normais nestes ambientes. E por fim, empresas que mantém pessoas com deficiência, elevam a camaradagem e consequentemente o nível de produtividade das equipes de trabalho.
Texto: Roberto Mangraviti
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(*) A China em 3 anos e meio, cresceu basicamente, o mesmo que o Brasil em 16 anos.
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