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5 Leis da “Vergonha Alheia” no Brasil.

Vergonha alheia é aquele sentimento que nos atinge no fundo da alma, em decorrência das tolices praticadas pelos outros, da qual não temos culpa e nada por fazer para minimizar nosso desconforto, mas que vibra em nosso interior nos envergonhando.

O ato de suspensão do Whatt’s App, é este tipo de sentimento, que credencia o Brasil a ser o país campeão um mundial da Vergonha Alheia, equiparando nossa gente brasileira, com aquelas rudimentares sociedades medievais, em boa parte encontradas ainda hoje na América Latina. A medida da suspensão, foi adotada pelo Juiz do Estado de Sergipe (0,5% do PIB do Brasil) mas que atinge 100% da nação. Desta forma o JUIZ, que em última análise, zela pelos interesses da promoção da justiça na sociedade como um todo, entendeu com sua obrigação, a partir do município de Lagarto (SE), zelar por 100% de todos os brasileiros. Sua atitude emoldura este cenário dantesco, com aspectos dramáticos, pois permeia a cabeça de pessoas em nossa sociedade, que promovem a “Vergonha Alheia”, através de seus atos que resumimos nas seguintes leis :

1.a Lei da Vergonha Alheia : A Proporcionalidade ( também conhecida como Lei Zap Zap)

Conforme o dicionário Michaellis, o vocábulo proporcionalidade significa, “relação das partes de um todo entre si ou entre cada uma delas e o todo, com respeito ao tamanho, quantidade ou grau; tamanho relativo. “ . Desta forma o meritíssimo em questão, através de uma atitude perversa puniu a sociedade na sua totalidade, em defesa de uma “parte”. Isto é literalmente perverso, pois coloca o motivo individual (dele juiz) a frente de um coletivo (trabalho sustentável da coletividade), desprezando assim a proporcionalidade das coisas. Este equívoco lastimável de entendimento, pode também ser compreendido sob a tese estranha de que, “os fins justificam os meios”, que exemplificamos a seguir.

2.a Lei da Vergonha Alheia : Os Fins Justificam os Meios (também conhecida como Lei de Hitler).

Foi este o diapasão utilizado pelo Juiz “vou prejudicar a 100 milhões de brasileiros, para obter uma informação importante para o exercício individual do meu objetivo de trabalho”. Este mecanismo, analogamente, foi muito utilizado por exterminadores de massas, que se valiam da lógica de que os fins justificavam os meios utilizados. Esta dinâmica teve em Stálin, Mao Tse Tung e especialmente Hitler (exterminando judeus , negros, deficientes físicos e homossexuais para criar a ração pura), sua mais alta expressão de “sabedoria”. E é irônico perceber que justamente Jean Wyllys (que diz defender as minorias) justificar-se que cuspiu para responder à Bolsonaro, sendo portanto o deputado cuspidor, também um defensor da tese de que os fins justificam os meios. Irônico porque justamente ele (Wyllys) estaria no pelotão de frente do extermínio de Hitler. Esta linha de raciocínio nos remete a um grupo de brasileiros que exercitam assim a “falsidade ideológica”, nossa próxima lei a ser abordada.

3.a Lei da Vergonha Alheia: Falsidade Ideológica (também conhecida como Lei Zé de Abreu)

A Lei da Falsidade Ideológica é aquela lei praticada por pessoas que dizem que defendem a sociedade (especialmente os mais pobres), mas que não se conhece um único gesto particular de caridade social. Note caro leitor que no campo religioso, temos Madre Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Chico Xavier (esquecendo de tantos outros) que viveram literalmente para os pobres. Dirão alguns que era a “profissão de fé” destes ícones. É verdade, mas não exerciam a falsidade ideológica, praticavam o que defendiam, simples assim. Este raciocínio elevado (defender os pobres e necessitados), não se vê aplicado ou praticado pelos artistas ou personalidades que defendam o “social”, pois aqueles que verdadeiramente defendem estas teses, não arrotam suas rogativas em público. Temos nesta lista inversa e positiva, os exemplos de Guga Kuerten, Ayrton Senna ( obviamente em vida e seguido post-mortem pela família), Chitãozinho e Xororó, Cafu, Xuxa Meneghel, Raí e Leonardo, enfim, um exército de personalidades que praticam a caridade através de seus Institutos (legalmente constituídos como instrumento de fé pública através de organizações sem fins lucrativos), mas que curiosamente não temos notícia de UM ÚNICO DISCURSO POLÍTICO, em prol de bandeiras tidas como socialistas. Mais estranho que estas pessoas, também nunca se envolveram em brigas públicas em “defesa do povo”, quer seja através de comícios, televisão ou cusparadas em geral. Motivo? Simplesmente PRATICAM ao invés de “discursar”. Do outro lado desta moeda, temos uma penca de artistas, alguns com apartamentos em Paris, Mônaco etc. vomitando palavras de ordem pela internet e outros meios de comunicação. Alguns deles teria sido visto distribuindo sopa nas ruas, em noites frias de inverno? Nunca vi ou soubesse. Será que ainda verei? Tomara!

4.a Lei da Vergonha Alheia: Justificar o Injustificável ( também conhecida como Lei Jean Wyllys).

Muito praticada por personagens que reagem de forma virulenta justificando (desculpe-me leitor), suas próprias “cagadas”. Sim a mulher defeca em público na Av. Paulista (no vão do Masp ao lado de obras de arte de Renoir, Van Gogh e Portinari) justificando-se o ato dito “artístico” pela causa que defende. E nesta “tese” ancora-se novamente Jean Wyllys, que foi insultado de muitas formas por Bolsonaro, revidando com cuspe. E eu com isso? Sou obrigado a ver isto ou aquilo pela televisão? É o mesmo “raciocínio” da mulher-cocô … escatologia pública.

5.a Lei da Vergonha Alheia: Quantidade NÃO é Qualidade.
( também conhecida como Lei da Utopia).

Uma das tolices protagonizadas por parte da sociedade brasileira, é achar que determinadas ações de proteção ao individuo, qualifica o protegido, preparando-o a superar os problemas que verdadeiramente o aflige. A oncologia na medicina é um grande exemplo da importância em “separar” a quantidade da qualidade. Um paciente portador de câncer, pode receber o tratamento através de quimioterapia, onde a terapia literalmente mata as células dendríticas, doentes. Contudo o médico necessita avaliar de forma permanentemente, a dose da medicação a ser ministrada, para não matar também o paciente (motivo do tratamento). Pois a terapia aplicada, não seleciona quais células ou quantas delas estão doentes, e sendo assim, aplicar doses elevadas do remédio, certamente destruirá 100% destas células mas inviabilizando o paciente seguir na vida, levando-o ao óbito. Indo nesta tese, muitos acham que deve-se distribuir 100% de “remédios contra a pobreza” sem se dar o luxo de avaliar se estamos tratando o paciente com doses certas de remédio para recuperar-se, ou matando-o pela manutenção da pobreza, (inclusive das gerações seguintes) inviabilizando-o analogamente, a seguir na vida.

Enfim, temos nas 5 Leis da Vergonha Alheia, um retrato parcial do comportamento de parte de uma sociedade que precisa aprender o que é evolução verdadeira, sem utopias, falsidades ideológicas e outras tantas posturas que despreparam o indivíduo para o futuro.

Autor: Roberto Mangraviti
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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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