Certa feita, a família Monteiro decidirá reunir-se para celebrar a chegada do ano novo. Cíntia, uma jovem de 18 anos comprometera-se com sua mãe, Dona Alice, a preparar pela primeira vez na sua vida, o tradicional lombo assado, receita que há décadas encantava a família no início de um novo ano.
Para não cometer um equívoco diante do tradicional desafio, a jovem buscou ler a receita uma semana antes, para não falhar no momento da execução, na importante data que se aproximava. E percebeu, através da leitura antecipada, que além dos tradicionais temperos, era necessário cortar as pontas do lombo, antes de assar. Sem entender o porque, perguntou para sua mãe a respeito destes necessários cortes. Dona Alice respondeu lhe que desconhecia o motivo de tal obrigação, pois sua própria mãe, Dona Lucia houvera passado a receita desta forma. Para que mudar se sempre deu certo? A jovem não se deu por contente. E foi até a casa da avó, que também iria participar da festa, perguntar o porque, após temperar o lombo, era necessário cortar as pontas antes de assar. Dona Lucia, com a doçura natural de avó, respondeu para netinha que carinhosamente chamava de Cinti, que desconhecia o motivo de constar na receita, o necessário ato de cortar as pontas da carne. Mas acrescentou da mesma forma o seguinte comentário : “ Cinti, faça como manda a receita … não deu sempre certo ?… Minha neta, não invente moda mudando a receita”. E complementou dizendo que assim aprendera com Dona Letícia, a bisa da jovem Cíntia, que ainda gozava de saúde exemplar aos 90 anos de idade. A curiosidade normal dos 18 anos de Cíntia, levou-a até à casa da bisavó, Dona Letícia, para entender o porque da família, que se reunia há 70 anos para celebrar o Dia Mundial da Paz, cortava-se as benditas pontas da peça ainda crua da carne.
Eis que finalmente D. Letícia tinha a solução para este enigma . “Querida Cíntia, certa feita seu falecido bisavô, ganhou uma peça de lombo, como habitualmente acontecia, dada a gentileza de um açougueiro que reconhecia a nossa pobreza de valores materiais. Por não possuirmos muitos utensílios de cozinha, era necessário cortar as pontas, para que coubesse na única assadeira que possuíamos. E assim mantive escrito na receita para não esquecer-me … e a receita espalhou-se desata forma por toda a família “.
Moral da História: Há 70 anos, quatro gerações de uma família, repetem o mesmo comportamento, e a mesma receita … de vida … sem saber porque, na espera de dias melhores no ano novo. Caro leitor, buscar um novo futuro com esperança, implica em renovar atitudes, para que possamos colher novos frutos. E para que o novo chegue, é imperioso substituir velhas fórmulas e cultivar novos hábitos.
O Portal Sustentahabilidade deseja a todos, um FELIZ 2016, com novas receitas de vida, para atingirmos maiores e melhores resultados no ano que se inicia.
Autor: Roberto Mangraviti
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