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A “pandemia” econômica muito antes do Corona.

Um tipo ultra perigoso de vírus, já havia dado as caras pelo Brasil entre 2015 e 2016 , e os organismos de “saúde”, não se interessaram em registrar o fato.

Na oportunidade, quem deveria cuidar da “profilaxia de governo”, não se preocupou com aquele “tipo” de “Covid“ que nos meios clínicos de avaliação mais competentes, era sabido que perambulava sem nenhum cuidado de combate e assepsia, atendendo sob a alcunha de “Crise Econômica Monstruosa”.

Afinal entre 2015 e 2016, o PIB do Brasil teve uma queda calamitosa de 7,6% … arredondando, 4% ao ano.

E neste ano de 2020, diante de uma situação calamitosa jamais vivida na História do Planeta, o Banco Mundial estima que o PIB do Brasil recuará cerca de 5%. Portanto, semelhante aos índices anuais da “gestão” Dilma, no período acima apontado.

Teria havido uma monstruosa crise mundial naquele período, jogando a economia nas valas abertas para cadáveres contaminados, pelo mundo afora ?

Teria ocorrido um terremoto no Brasil como os de São Francisco, varrendo indústrias, e jogando o parque produtivo no lixo?

Ou teríamos tido um tsunami semelhante ao de Fukushima, arrasando Itaipu, destruindo cidades e /ou a produção do agronegócio?

Nada, nada, nada disso.

Muito pelo contrário, ocorreram uma Copa do Mundo e uma Olimpíada no país, que atraí milhões de dólares em investimentos, e na sequência milhões de dólares no consumo.

Ou seja , com todo este cenário adequado, (pois desde 2010 sabíamos dos eventos futuros de 2014 a 2016), mesmo assim, Dilma conseguiu esta façanha, mesmo ainda após ter sido reeleita (outra façanha) … portanto produziu um desastre de dimensões planetárias, não obstante tantos ventos de otimismos de Norte a Sul, soprando a favor.

E neste diapasão do papel do “otimismo”, que colocamos aqui alguns tópicos para revisão, passado tão pouco tempo daquele momento.

Por que a Economia encolheu tão desgraçadamente no biênio 2015/2016?

Inicialmente, porque agentes econômicos “sentem” a contaminação da economia com antecedência. E quando investidores percebem que um Governo gasta mais do que arrecada, como fazia irresponsavelmente Dilma, diminuem seus investimentos preparando-se para uma pandemia, tipo Covid, pois o mercado sabe que vai encolher, levando seus recursos para praças sem riscos de pandemia…simples assim.

Num segundo momento, dado o desemprego resultante, cai o consumo, a arrecadação, e reduz-se a produção, estando assim armada a bomba econômica, como se vê na Venezuela.

Caso o Ministro da “Saúde” Econômica, Guido Mantega (uma espécie H1N1 da economia) tivesse obtido um crescimento médio de 5% ao ano, durante seus 7 anos de gestão, o Brasil teria movimentado, ADICIONALMENTE , cerca de R$1 trilhão de reais naquele período. Que representaria um recolhimento de impostos aos cofres públicos de R$ 0,4 trilhão de reais, para destinação aos Hospitais e pesquisas, que agora não temos.

Então onde erramos ?

Não tratamos Dilma Roussef e sua gestão como um Covid .

Era uma pandemia que deveria ter sido divulgada aos 4 cantos, alertando o risco de contaminação evidente. E ao invés de todos ficarem em casa, como agora, todos deveriam ter saído as ruas para combatê-la … especialmente a imprensa, generosa como nunca, diante daquela catástrofe.

Temos que entender que o Ministro da Economia é mais importante que o Ministro da Saúde, e talvez até do presidente.

Pois questões econômicas também são doenças de difícil controle, tanto que, não se tem notícias na Venezuela sobre o efeito do Covid, mas de outras desgraças muitas mais corriqueiras (2)

Por sua vez, algumas lojas no interior do Brasil, neste final de abril 2020, já estão operando, contudo com vendas obviamente minúsculas .

 Por quê? Não há CONFIANÇA … por mais que economistas e pesquisadores estudem, não há como “medir” se alma do cidadão está propensa a gastar ou não, no dia de amanhã, através de uma simples entrevista com 2.000 cidadãos, espalhados pelo Brasil feita semana passada.

Este humor do consumidor vive aos solavancos …ou a pesquisa da semana passada, pode não refletir a dor de hoje.

Portanto, o momento agora requer estudos de varejo complexos, jamais feitos ou testados no passado. Aliados também ao desenvolvimento de treinamento de equipes de venda, para entender esta nova dinâmica de relacionamento, entre consumidores e vendedores. E certamente, as revisões de planejamento, deverão consumir tempo e apresentarem uma profundidade dezenas de vezes mais apuradas, com correção de rota de forma imediata a cada dia.

Para nossa sorte, (por enquanto) Paulo Guedes segue de forma brilhante e esperemos que ele conduza o combate ao Covid atual, com a eficiência que Mantega nunca teve diante “daquele Covid.”

E que as eventuais atitudes de fortalecimento do Estado, que não compunha o “cardápio” inicial, não o afaste da condução do Ministério.

Pois, como a crise é mundial, o dinheiro vai correr para onde puder gerar resultados satisfatórios e rapidamente. Para tal, temos 200 milhões de consumidores ávidos para voltarem ao mercado, 210 milhões de cabeça de gado prontas para comercialização, quase 10% de energia eólica+solar num parque basicamente “limpo”, com hidroelétricas, além de água e comida, como em nenhum lugar do Planeta.

Portanto teremos alguma chance de sair menos arranhados desta experiência, jamais vivida no Planeta.

Texto: Roberto Mangraviti

contato@sustentahabilidade.com.br

(1) Nos 7 anos da gestão Mantega o crescimento anual do PIB circundou um medíocre 1% ao ano.

(2) Segundo o Uol na edição de 08 de abril, na Venezuela há 166 casos confirmados e 20.000 leitos disponíveis.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

A profissão mais antiga do mundo e o Sarau Cultural da Terra.

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