Inicialmente vale destacar que como Ministra de Estado, Maria do Rosário foi um fracasso. Mas como Mãe, não compete a ninguém emitir opiniões sobre suas habilidades de educadora, ou gestora de uma família.
E portanto é profundamente lamentável, expor publicamente fotos de sua filha usando drogas,mesmo que com a famosa tarja no rosto por ser menor de idade.
Podemos entender que a ex-ministra, tenha despertado revolta por atitudes infelizes durante sua gestão, com uma arrogância incompatível para quem representava uma nação (ou tentava).
Mas não podemos aceitar que utilizem sua desgraça pessoal, como campo de batalha para vingança ou revanchismo. Isto é desumano.
De mais a mais, quem poderá julgar que a “mamãe” Maria do Rosário, não tenha dedicado todos seus esforços e amor em prol da jovem, infelizmente, sem sucesso?
Quem em sã consciência, pode vangloriar-se de seus “sucessos” como educador?
Uma coisa é educar uma criança que nasce com um espírito de vida e comportamento pacificador de Madre Teresa de Calcutá.
Outra coisa é educar jovens rebeldes, que jamais ouvem seus pais, e fazem tudo aquilo que “acham” que devem fazer.
Será que podemos afirmar que a genitora de Madre Teresa teve mais competência que as nossas mães?
Pisotear sobre a infelicidade alheia, foi uma conduta muita utilizada pelos nazistas, que sorriam diante de atrocidades e barbáries praticadas com judeus civis, seus “inimigos”.
E de certa forma, também lamentavelmente utilizado pela gestão expulsa do Alvorada, que desqualificava publicamente quem pensava de forma diferente, minimizando as virtudes de opositores e exercendo sorrisos vitoriosos de políticos, como se estivessem em uma guerra, contra uma “legião” de soldados inimigos.
E temos muito que criticar a qualidade de gestão de Maria do Rosário, como ministro de Estado, como infelizmente de todo o ministério de Dilma, que jogou o Brasil nesse buraco jamais visto em nossa história.
Mas expor situações de vida que significam a desgraça pessoal ou derrota de um cidadão, mesmo que tenha sido ministro, representa misturar o público com o privado, atitude largamente utilizada nas gestões recentes, da qual somos absolutamente contra.
Sendo assim, expor as fotos da filha de Maria do Rosário, que vive um luto na alma, certamente como toda sua família, é uma clara atitude de vingança, repugnante e inadmissível para os cidadãos de bem, que sonham com um Brasil melhor.
Texto: Roberto Mangraviti
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Maria do Rosário Nunes (Veranópolis, 22 de novembro de 1966), é professora, atualmente deputada federal pelo Rio Grande do Sul, filiada ao Partido dos Trabalhadores e exerceu entre 2011 e 2014 o cargo de Ministra da Secretaria dos Direitos Humanos.