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Afinal, quando o Brasil será administrado por gente normal?

A reforma do estádio do Maracanã, foi orçada em R$ 720 milhões, mas  acabou custando R$ 1,2 bilhão ( estouro de 67%). Na construção do estádio do Corinthians houve um “engano” maior … 100%.

Na refinaria da Petrobrás Abreu e Lima, construída em Pernambuco e orçada em R$ 1,2 bilhão, os números parecem piada …  custou R$ 22 bilhões. Atenção que o erro de calculo é astronômico … 1700%.

Como é possível o controle interno de qualquer empresa ou organização, permitir um erro de 100% numa obra? Digamos, caro leitor que sua família decida reformar um sobradinho de 100m2 que deve custar segundo o Sindicato da Construção Civil R$ 50.000,00 ( mão de obra), e no transcorrer da obra o empreiteiro decida aplicar 100% de correção no preço da obra elevando o custo da obra para R$ 100.000,00 … Alguém pagaria sem pestanejar ou interromperia imediatamente a obra antes do estouro do budget? E se a reforma do sobradinho custasse R$ 1.000.000,00 ( 1 milhão) ao invés dos R$ 50 mil previstos, ninguém desconfiaria de nada ?  Portanto como é possível estes gestores serem tratados com normalidade pela sociedade, podendo apresentar justificativas plausíveis deste “estouro” das verbas, sem que ninguém seja punido por isso?

Não importa se fulano recebeu propina … se siclano foi gravado ou se beltrano é amigo de doleiro. Não entremos no mérito das questões criminais, fiquemos no campo administrativo …

Você, caro leitor, daria a esta gente o direito de gerir a reforma do play-ground do seu condomínio? Ou a reforma do salão de festa? E de uma  escola então ? Talvez uma unidade de um Posto de Saúde? E controlar o Budget do Ministério da Saúde e da Educação juntos? E de um PAÍS? Bem vindo ao mundo de gente normal!

Fotos: Globo.com

Autor: Roberto Mangraviti

contato@sustentahabilidade.com.br

 

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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