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Bactérias e a formação do oxigênio na Terra Primitiva

Sem a vida microbiana, a humanidade nunca teria evoluído. Pouco mais de dois bilhões de anos atrás, as algas fotossintéticas tinham sido as responsáveis por proporcionar que o nosso planeta pudesse ser respirável.

Um estudo publicado na Nature Geoscience revela que além das algas, outro fator pode ter sido um grande influenciador da produção de oxigênio: o manto de fogo que havia na Terra primitiva.

Sabe-se que o manto parcialmente fundido e em parte sólida, ocupava cerca de 84% de todo o volume do planeta – e nele continha uma grande quantidade de oxigênio. Na verdade, era o seu elemento mais comum, constituindo cerca de 45 por cento de toda a massa.

Uma equipe de pesquisadores de Yale, Universidade do Estado de Arizona, e do Bayerisches Geoinstitut na Alemanha queriam saber se as concentrações de oxigênio atmosférico na Terra há bilhões de anos atrás foi afetada pelas concentrações de oxigênio no manto. A fim de descobrir, eles submeteram amostras sintéticas do manto inferior a vários ambientes de oxigênio em alta pressão.

As rochas mais densas, onde se encontram entre o manto e o núcleo externo, teriam se transformado em bolhas fundidas que hoje podem ser encontradas sob o continente africano e o Oceano Pacífico.

Por outro lado, as rochas mais leves teriam subido ao manto superior. O modelo dos pesquisadores mostrou que, ao longo do tempo, por meio das placas tectônicas e da atividade vulcânica, este material teria sido forçado até a superfície. As reações químicas teriam por fim liberado o oxigênio, permitindo que fosse distribuído na atmosfera.

Este estudo sugere que a atmosfera primitiva do nosso planeta foi pelo menos parcialmente controlada pelo terror turbulenta do manto super aquecido.

Autor: Cristian Reis Westphal
contato@sustentahabilidade.com.br

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Escrito por Cristian Reis Westphal

Estudante de Engenharia Química. Desde 2009 lidera o projeto Ciência e Astronomia, que compartilha informações nas áreas da ciência e astronomia. Trabalha com divulgação científica em escolas e disponibiliza telescópios para observações em praças.

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