O monitoramento da Serra do Japi faz parte do projeto Olhos da Serra. Já foram instaladas câmeras que fazem contagem de veículos e transeuntes e sensores que medem diferentes fatores de qualidade ambiental em pontos estratégicos pela entrada do Cream (Centro de Referência em Educação Ambiental).
A vice-presidente da Associação dos Amigos dos Bairros de Santa Clara, Vargem Grande, Caguassu e Paiol Velho (SAB Santa Clara) Eliana Schiozer conta que na fase inicial, dois equipamentos instalados tinham suas particularidades. “Uma das câmeras faz a contagem de veículos,registra e também monitora as placas dos carros. A outra fornece os números de pessoas, bicicletas e carros que entram na Serra”.
Com estes dados, são gerados gráficos que apontam a quantidade de veículos que acessam o local diariamente. “Este relatório nos mostra quantidades e percentuais de carros, bicicletas e pedestres. Com isso, conseguimos fazer o acompanhamento da densidade de cada um desses tipos de acessos e termos ideia da variação da quantidade de acessos. Para se ter uma ideia, entram na serra, aos finais de semana, aproximadamente 600 veículos, e então, qual o impacto ambiental deste volume?”.
Ao posicionar sensores de qualidade do ar e climáticos, ao longo da Serra do Japi, e comparar dados, além das flutuações pontuais que podem indicar situações anormais que devem ser averiguadas, há como identificar áreas que estão mais preservadas e agem como provedoras de serviços ecossistêmicos e áreas mais afetadas que devem ser recompostas. “Lembrando sempre que se há serviços ecossistêmicos que alteram condições climáticas e do ar, serviços que mantém solo, água em qualidade e quantidade, e os que contribuem para a estabilidade da biodiversidade e de seus habitats”, explica Raquel Melillo, gerente técnica do Projeto Olhos da Serra.