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Celebrando o “Dia do Meio Ambiente da Verdade“, pela 1.a vez.

Dia do Meio Ambiente

A primeira  semana de junho, desde meados do século XX, é  recheada de blá, blá, blá em todo mundo, convergindo no dia 5, com o dia do “Meio Ambiente”.

Em especial nos países de língua portuguesa, até a própria expressão sempre soou estranha, pois parece ½ ambiente…  digamos que uns 50% de preocupação com as nossas vidas…

E após a “festinha”, volta “tudo dantes no quartel de d’Abrantes”.

Neste ano de 2020, o dia 05 de junho será celebrado, como o ”I Dia do Meio Ambiente da Verdade”, curiosamente sem que nenhuma mídia venha dar muito espaço especificamente sobre a data.

Mas, como 85% do espaço nos sites e televisões será sobre o Covid, estaremos tragicamente falando sobre o “ambiente inteiro”.

Em suma,  sobre  problemas de saúde, negócios e preservação das espécies (inclusive  humana), com todas as notas, porém  na mesma música.

Afinal, Sustentabilidade representa: Lucro, Responsabilidade Social e meio Ambiente, tudo junto e misturado.

Pessoalmente, sempre fui contra a celebrações de datas “civis”, (excluo aqui as milenares religiosas)  … pois gera a ilusão de que algo foi feito, ou esteja sendo feito.

Sendo assim, escolher um dia, para celebrar algo, sempre encapsula as ações somente dentro do período de celebrações.

É assim com o “Dia da Mulher” … com o “Dia da Consciência Negra” e não seria diferente com o “Dia do Meio Ambiente”… na pratica, um desserviço protagonizado pela ONU.

Contudo, a data em 2020, se torna peculiar, pois  espelhará doravante,  um  divisor de águas no comportamento humano.

E poderá, se assim quisermos, ampliar a tomada de consciência, sobre o papel da humanidade no exercício da “cidadania cósmica” …sim, sim, “cósmica”.

Afinal a  palavra “Cosmos” , não está associada a religião, dogmas, ou qualquer  “Dia de Alguma Coisa” .

A etmologia da palavra, informa que “cosmo” é  oriunda do termo grego κόσμος (kosmos), que literalmente significa “bem ordenado” ou “ornamentado” , tendo sido aparentemente Pitágoras,  o primeiro a mencioná-la, no sentido de “ordem social”.

Portanto  este 05 de junho de 2020, poderá ficar gravado na mente das pessoas de forma sugestiva, para investirmos  na experiência humana de vivenciarmos este planeta, de verdade.

E assim compete a todos, investirem na transformação das pessoas, para o exercício de uma  atitude voltada numa visão 360, independente do nível de escolaridade ou posição na sociedade.

Isto  posto, empresas, cidadãos, ong’s e Estado,  urge entenderem  seus respectivos papeis neste cenário.

Por exemplo, cabe ao  Estado, deixar de construir estádios de futebol (item de interesse empresarial) e passe construir usinas de reciclagem, afinal produzimos 1 kg de lixo “per capita”, ou astronômicos 55 trilhões de quilos ano, sem que 2 % seja reciclado (contra 40% da Alemanha).

Para as Empresas, que reconhecem tecnicamente que recurso é fator limitado, entenderem que o “recurso humano” é ilimitado, e portanto invistam em atitudes ordenadas, orientadas pela visão “cósmica” em seus negócios a partir do “recurso humano”.

 A comprovar que Galileu Galilei, que nos idos de 1.500 previu o submarino, caso não tivesse que antes “provar” o heliocentrismo (para salvar o próprio pescoço), estaríamos há muito estudando as riquezas subaquáticas.

Quanto as ONG’s , assumam o papel de agentes de transformação, desvinculadas do Estado ou de interesses excusos.

E que os cidadãos, entendam que “cósmico” é oposto de caos, e portanto precisam organizar seus próprios lares e família, célula “mater” de tudo, via educação ampla.

Portanto, esta é a hora para fixarmos  metas para 2021… sem deixar para depois, evitando-se perder um momento emocional espetacular.

Para o Estado, que havia definido a data de Agosto de 2014 para o início da “Política de Resíduos”, que comece dando o exemplo cuidando do seu próprio resíduo… além de desenvolver uma política que valorize árvores “em pé”.

Para as Empresas (médias e grandes) que criem o Departamento de Sustentabilidade com data de vigência, ou seja, com prazo final de encerramento,  até que toda estrutura absorva seus compromissos, tornando-o desnecessário.

E que os cidadãos, saibam pelo menos, em que dia o caminhão do reciclável passa no seu bairro, e o endereço da farmácia  que recolhe medicamentos vencidos.

A  própria Natureza, nos ensina, que ela não dá saltos… e assim é com a espécie humana, uma parte deste conceito da vida planetária …  mas é  o mínimo que devemos esperar para o II Dia do Meio Ambiente, em 2021.

Texto: Roberto Mangraviti

imagem de capa: Imagem: Reprodução/YouTube/Visual Science

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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