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Criminalizando Indígenas diante da ciência.

Criminalizando indígenas diante da ciência

Quando as caravelas de Cabral aqui aportaram, os europeus enfrentaram um dilema, seria a gente nativa um elo perdido entre o ser humano e os macacos? Alguns índios foram levados para Portugal como peça de museu ou zoo, para exposição e estudos. A ignorância era tanta, que aquelas populações eram chamadas de índios, pois acreditava-se que Colombo havia chegado nas Índias, e estranhamente parece que ainda seguimos equivocados. Afinal, no século XXI ainda se acredita no Brasil que a evolução da espécie, não se dá de forma natural, A TODO SER HUMANO, desmentindo Darwin.
Sendo assim a raça indígena não é vista como um ser em evolução, muito menos como agente produtivo que sequer pode se utilizar dos benefícios da ciência.
Como exemplo deste conceito equivocado, temos as sementes OGM’s (Organismo Geneticamente Modificado) proibidas aos indígenas de serem utilizadas no plantio, mas liberadas no país aos demais cidadãos.
Portanto há no Brasil duas leis ambientais, uma para os índios e outra para os demais.
Ou seja, ser eficiente na produção utilizando a ciência, não é “permitido” ao índio, mas somente aos demais seres abençoados do Planeta.
Resignificar o entendimento de “ser índio” , onde este ser humano, como qualquer um, tem o direito de progredir é uma tarefa de gente civilizada.
Segundo o Cacique da Aldeia Quatro Cachos, Narciso Kazoikaze “para o branco , o índio tem que ser do jeito que nasceu, isto é uma discriminação”.
Os depoimentos do documentário “ A Esperança se Chama Liberdade”, apresenta informações que divergem daquilo que a sociedade (tida civilizada), entende que seria a expectativa dos indígenas brasileiros…mas na verdade não é.
Nossos irmãos que estão há milênios na terra brasilis, querem celular,computador, tratores e progresso.
Mas segundo os caciques entrevistados de diversas tribos, as ONG’s vivem da desgraça do índio mantendo-os na era paleolítica.
A tal ponto que em algumas áreas, as questões ambientais da legislação “branca” não permite a utilização de mais do que 1,8% da área para cultivo, levando estas populações a sobrevivência da esmola assistencialista.
Esta ferida comportamental não é nacional, e no livro “Enterrem meu Coração na Curva do Rio”, editado em 1970 pelo escritor estadunidense Dee Brown , é bem explorada.
Pois também nos EUA, na conquista do Oeste, cometeram o crime de “enjaular” um índio nas reservas norte americanas, entregando-lhe comida, como ração num zoo a um leão, que levou a destruição de culturas e civilizações … e no Brasil não está sendo diferente.
Mas com um agravante, existem atualmente no Brasil mais de 15.000 ONG’s atuando somente na Amazônia, com toda sorte de interesses,
Portanto não levar a ciência e a prosperidade para estas nações indígenas, mostra o retrocesso que muitas ONG’s promovem, num ato desumano, muito pior que as atitudes praticadas na era medieval.
Pois quando Vespúcio, Cabral e Colombo iniciaram o desbravamento das Américas, era relativamente “natural” os europeus desprezarem os nativos do novo continente, tratando-os como animais inferiores, afinal Darwin apareceria centenas de anos depois.
Contudo, esta dinâmica que ainda grassa em nossa sociedade em pleno Século XXI, muito por conta de interesses escusos, não é decorrente do desconhecimento da Ciência, mas de interesses duvidosos, que precisam de esclarecimentos.
E ao cidadão que nos acompanha, resta um compromisso simples, resignificar, na atualidade, o entendimento do papel dos índios no Brasil.
ROBERTO MANGRAVITI
www.robertomangraviti.com.br
Colunista da ADASP-Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo; do Instituto de Engenharia; Editor do Portal SustentaHabilidade, da Coluna “SustentaHabilidade” no Jornal ABC Repórter, e apresentador do Programa SustentaHabilidade na Rede NGT (digital) e Soul TV Omni Channel (smarts Tv’s LG e Samsung).

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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