A imagem acima não é uma tentativa um pouco grosseira de um quebra cabeça para conectar pontos. Se trata na verdade uma imagem do universo primitivo – contendo buracos negros supermassivos e galáxias do início do nosso Universo.
A surpreendente imagem foi captada pelo Observatório Chandra de raios-X da NASA, que observou a mesma porção do céu por 11 semanas e meia. É a imagem de raio-x mais profunda do universo já registrada.
A pesquisa foi conduzida pela Universidade Estadual da Pensilvânia e foi apresentada esta semana na 229ª reunião da American Astronomical Society no Texas. Um artigo que detalha as descobertas foi publicado no Monthly Notices da Royal Astronomical Society.
Cada ponto é uma grande fonte cósmica de raios X de até 13 bilhões de anos-luz de distância, seja uma galáxia ou um buraco negro supermassivo. Os cientistas esperam usar os dados para examinar o universo primitivo, estudando os buracos negros crescendo a apenas um ou dois bilhões de anos após o Big Bang em uma crescente velocidade, ao invés de lentamente reunir matéria.
A imagem inteira faz parte do Chandra Deep Field-South, uma seção do céu desprovida de nuvens de gás da nossa galáxia, permitindo aos astrônomos uma visão desobstruída para o universo distante.
A razão pela qual os buracos negros brilham tanto no raios X, é porque eles aquecem o gás caindo em direção ao horizonte de eventos, o ponto em que nada – nem mesmo a luz – pode escapar da atração da singularidade no centro do buraco negro.
Texto: Cristian Reis Westphal
contato@sustentahabilidade.com.br