O efeito das atividades humanas sobre o meio ambiente aumentou significativamente a partir do início da Revolução Industrial.
Desde este período até os dias atuais, o impacto das atividades industriais, outros segmentos da economia, dos aglomerados urbanos e da expansão da agricultura sobre a biosfera só vem aumentando.
A cada dia tomamos conhecimento de crimes ambientais cometidos em vários segmentos da economia como da indústria e o de serviços em geral.
Como consequência assistimos empresas serem encerradas e seus responsáveis sendo responsabilizados civil e criminalmente.
O aumento da preocupação com o meio ambiente exerce um grande impacto sobre as atividades empresariais.
A partir de meados da década de 1980, a maioria dos países criaram leis ambientais ou tornou as existentes mais restritivas, regulando as atividades industriais e comerciais, no que concerne a seus impactos sobre o solo, a água e o ar.
A partir deste momento foram adotados novos padrões de qualidade para o ar e as águas, padrões de emissão para os efluentes industriais líquidos e gasosos e sistemas de licenciamento das atividades poluidoras, contando ainda com relatórios de avaliação de impacto ambiental.
Em nosso segmento como o de hospitais e clinicas por exemplo, a legislação especifica para a questão ambiental, está cada vez mais draconiana, impactando diretamente nos custos administrativos.
Devemos ter uma nova e moderna gestão incluindo a questão ambiental com o principal objetivo quanto melhoria da atuação e o aumento da produtividade, através de técnicas de gerenciamento e uso de tecnologias sem impactar ao meio ambiente.
A gestão hospitalar quanto a questão ambiental precisa incorporar todas as modernas práticas administrativas e inovações tecnológicas como ferramentas para uma atuação empresarial responsável, baseada nos parâmetros do desenvolvimento sustentável.
No aspecto legal em geral, a maioria dos países da América Latina estabeleceram legislações ambientais específicas, tratando de assuntos como: recursos hídricos, recursos minerais, áreas marinhas, pesca e caça, recursos florestais, turismo, produtos químicos e poluição atmosférica.
Criaram-se leis específicas regulamentando a obrigatoriedade de execução de EIA (Estudos de Impacto Ambiental), o correto gerenciamento e disposição final de resíduos perigosos, a lei de crimes ambientais, e normas estabelecendo padrões para emissões atmosféricas e níveis de tratamento de efluentes.
A rapidez com que a legislação de proteção ao meio ambiente vem caminhando implica, para as empresas, uma multiplicação de gastos com as adaptações sequenciais.
Isso começaria a afetar a própria flexibilidade das operações, que teriam de ser repensadas e realocadas a cada mudança legal, exponenciando os custos.
É por isso que, muitas vezes, fica mais econômico antecipar-se à lei do que segui-la a cada compasso.
Uma atitude preventiva, portanto, da parte dos gestores estaria protegendo seu negócio não só sobre possíveis desastres presentes, mas sobretudo contra inúmeros problemas futuros.
O raciocínio de longo prazo é uma exigência inerente às questões ambientais.
Hospitais e Clinicas, devem estar atentos à todas as exigências legais que visem a proteção do meio ambiente, a fim de zelar por sua imagem institucional junto à sociedade, evitando ainda, um passivo ambiental, que possa comprometer seu pleno funcionamento.
Texto: Roberto Roche
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