Com a chegada do final de ano, entramos sempre num ritmo de espera pelo carnaval, levando morosidade na esfera empresarial.
A velha cantilena de que os diretores ou tomadores de decisão das empresas, estarão de férias e que nada de importante poderá acontecer neste período, até corresponde a uma certa realidade.
Contudo, justamente este é um ótimo momento para posicionar-se de forma mais organizada, frente a um novo exercício fiscal e buscar Planejar o ano que se inicia. Além do mais, algumas organizações nem sempre prestam serviços para estas grandes corporações, ou tão pouco a economia do país depende tanto assim desses conglomerados.
As grandes organizações “fecham” seus Budgets em outubro ou novembro fixando suas metas para o novo ano, detalhando Produção, Vendas etc.
E as pequenas organizações ? Grande parte delas, muitas vezes não fixa, uma única meta sequer para o ano seguinte. Num país onde a indústria e a agricultura, juntas, não respondem sequer por 50% da força de trabalho, cabe um questionamento sobre a repetição de antigos vícios, tipo “esperar o carnaval “.
Vendas ? Controle Eficiente de Custos ? Investimentos em Capacitação? Marketing ? Novos Produtos/Serviços ?
Qual dessas fundamentais atividades, de uma pequena organização, são discutidas e/ou com metas fixadas ?
Países asiáticos, nos anos 80 ganharam o apelido de “Tigres Asiáticos” com diferentes magnitudes, justamente fixando metas .
A Coréia nos anos 50 era como a Bolívia, descreve o economista brasileiro, José Alexandre Scheinkman da renomada Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Em 1960 a produtividade coreana equivalia a 14% da norte americana, inferior a brasileira que era, naquele período de 20%. “Atualmente os coreanos estão a 60% do nível americano” cita o pesquisador e nós brasileiros nos mantivemos nos mesmos 20%, mais de meio século depois. Milagre ? Não. Investiram em Educação e distribuição de renda. Fixaram metas e perseguiram sem desviar do foco.
Ainda no campo do modelo asiático, Peter Drucker destacava que a indústria japonesa, prosperou perguntando-se : “ Onde queremos estar daqui 10 anos ? ”
É claro que esta cultura de negócios ( planejar por 10 anos) está muito longe do nosso espírito empresarial, contudo também não se justifica uma guinada tão distante destes modelos e ter planejamento zero.
Voltando ao nosso universo de prestadores de serviço tupiniquins, retomamos o questionamento, qual a nova postura a ser adotada para 2013, ano que antecede a Copa do Mundo e que já trará turistas ao país para Copa das Confederações ?
Considerando que cada empresa possuí características específicas, certamente um conceito único é aplicável a toda e qualquer organização : Inovar .
E para isto, fundamental algumas considerações para quem quer inovar na Empresa, seja para desenvolver novos produtos e serviços ou para instalar novos modelos de gestão :
- Organizar separadamente aquilo que é novo, pois a solução da crise diária é prioritário e o novo ficará sempre para amanhã.
- Inovar significa correr riscos( que na prática são menores dos riscos habituais, pois de alguma forma há uma busca mais orientada), porém, embutir excesso de segurança, “mata” a inovação.
- Buscar uma “Oportunidade” é experimentar “olhar pela janela” e sair do mundo interior habitual . Lembrando que sistemas de informação correntes , não revelam oportunidades, somente problemas (do passado) e responde somente perguntas já feitas.
Feliz 2013 com muita Inovação, tendo olhos de ver e ouvidos de ouvir Novas Oportunidades !
Roberto Mangraviti
Economista, Criador e Editor do Portal SustentaHabilidade e Diretor da Trade
Marketing Consultoria.
Consultor da ADASP (Associação dos Distribuidores e Atacadistas de São
Paulo). Criador e Apresentador do Programa ADASP Sustentabilidade da TV
Sorocaba ao Vivo.