Segundo a seguradora Swiss Re, US$ 175 bilhões de dólares, foi o custo em 2016 dos desastres naturais ocorridos no planeta.
Fundamental destacar que esta fortuna, é a parcela mensurável das perdas materiais, pois as vidas humanas e desequilíbrios sociais decorrentes destes desastres não são calculáveis em dólares.
Mais ainda, a negligência humana certamente não costuma estar computada nestas tragédias e tampouco o custo futuro decorrente desta negligência.
Depois do desastre de Mariana (nada natural), outros desastres (*) ficaram menos visíveis na memória da população.
Contudo o desastre na região serrana do Rio de Janeiro em 2011 no Morro Bumbá, que ceifou mais de 600 vidas, deveria ainda ser lembrado por todos.
Não somente pelas vidas perdidas, mas especialmente pelo fato da ocupação inadequada do solo, além do fato lamentável da prefeitura daquela região permitir construções de casas sobre um lixão.
Se estas impropriedades não tivessem acontecido, as chuvas torrenciais que se abateram sobre aquela região, não seriam suficientes para gerar a tragédia ocorrida.
E outras consequências econômicas destas improbidades administrativas, é o alto custo do seguro que passa vigorar nestas regiões por conta do risco acelerado de novas catástrofes.
Portanto estes números apontados pela seguradora Swiss Re sobre 2016 , que ainda destacou que representa o dobro de 2015, deveriam servir de alerta para todos os cidadãos.
Afinal este imenso valor significa cerca de 5 vezes o PIB do Paraguai, mas acima de tudo, incontáveis vidas.
Texto: Roberto Mangraviti
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(*) Na cidade litorânea de Caraguatatuba (SP), em 1967 , foram registradas 436 mortes decorrentes de uma enchente.
Foto abaixo : Reuters