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O processo construtivo do INTERCEDER

O processo construtivo do INTERCEDER

O fracasso do socialismo está muito além da Teoria Econômica, não somente pelas mal sucedidas experiências observadas na América Latina e África, mas acima de tudo porque os envolvidos não sabem a diferença entre “Interferir” e “Interceder.”

Claro que no campo acadêmico,  segundo o Prof .Dr. Carlos Faccina, Ex-Diretor da Faculdade de Economia do Mackenzie e Professor de História do Pensamento Econômico,  entende-se que  “teoria é tudo aquilo que se comprova na prática …pois  quando NÃO se comprova é utopia”… e aí estaria de forma simples, a explicação do desastre econômico venezuelano e outros mais.

Por outro lado, tampouco aqui estaremos dando “espaço” ou razão para apoiar o capitalismo, chamado de selvagem por muitos, as vezes corretamente.

Não e não !

Este conteúdo, não versará sobre o “economês”, e sim  sobre o estado de espírito das coisas que podem dar certo, e aquelas que certamente DARÃO ERRADO, no campo econômico… na sociedade… no Planeta, por agrupar pessoas com “escolhas” de vida equivocadas.

É claro que,  países, economistas ou cidadãos que defendem bandeiras socialistas de forma “revolucionária”, o fazem a partir do  pressuposto do poder pernicioso do capital, pois estão olhando a ganância como inegável doença humana a ser combatida.

Mas é um olhar totalmente negativo, daquilo que o capital pode provocar, quando mal empregado, ao invés das maravilhas que produz, quando bem empregado, como na Dinamarca, Noruega etc.

Ou seja, este pensamento arregimenta pessoas negativas, deprimidas (quando não muito feias na aparência que exalam), que olham sempre a metade vazia do copo(1).

O entendimento dessas pessoas, pela construção de uma sociedade nova e equilibrada, parte de um pressuposto aterrorizante … destruir algo.

As pessoas vibrantes no sentido suave e construtivo, segundo a escritora Rosah Maria Mandara, são aquelas que sabem a diferença entre conhecimento e sabedoria.

O primeiro significa, acessar a informação, explica a escritora.

Já a sabedoria, completa a pensadora, é a assimilação do conhecimento, através da pratica construtiva e comprovadamente exequível.

Desta forma, temos que acessar corretamente a informação correta (desculpe a redundância).

E para piorar, este acesso indevido da informação, a visão dessas  pessoas, é orientado pela dó ou pena de outrem, sentimento pequeno e inferior que nada realiza.

Pessoas que sentem dó, são aquelas que sentar-se-iam  na calçada, junto com o sofredor, CHORANDO JUNTO … compartilhando tristezas, vibrando dor.

Pessoas vibrantes, na acepção maior do termo, buscam impactar, solucionar ou compartilhar, riquezas (nem sempre monetárias), sabedoria, experiências renovadoras, como verdadeiros agentes transformadores sociais.

Mas aqui cabe a lembrança, que desde Adam Smith (1723-1790), pai do liberalismo, o emprego do capital, POR PRNCÍPIO, traz o pressuposto que o agente propulsor ou investidor, ao buscar o próprio interesse, estará desenvolvendo uma operação que permeará TODA a sociedade através de uma  “ Mão Invisível” (2).

Ou seja o princípio é POSITIVO , ASSERTIVO … e quando há desvio do emprego da riqueza, é consequência e não premissa.

Já a premissa revolucionária, parte de um princípio em reunir pessoas agressivas, invasoras, quando não violentas, em torno de uma causa, para simplesmente transferir  o capital de um dono para outro.

Quando a tese deveria ser, multiplicar o capital, ao invés de repartir.

Repartir é oriundo do latin “partire”… e repartir significa, partir novamente, donde exatamente se encontrava, sem elevar-se à uma esfera maior.

Já “multiplicar” está associado a fecundar, criar, plantar, organizando pessoas no entorno, com um olhar para o Futuro ao invés do Passado.

Nesses ambientes a criatividade é adubo fértil no plantio e crescimento de novas tecnologias, visão sistêmica, economia criativa, compromisso com desperdício e  gastos, aspectos finitos do Planeta e recursos em geral.

Por sinal entender a Natureza como um ciclo normal de vida, é tarefa “sine qua non” para entender de “economia” e dos ciclos produtivos saudáveis.

A borboleta não precisa de esforço externo para libertar-se do casulo.

Pessoas que já “tentaram “ abrir o casulo para que uma  libélula  liberte-se sem o necessário esforço do aprendizado, geraram um ser com asas frágeis e destreinadas para voar, interrompendo literalmente a vida, INTER(FERINDO) ao  invés de INTER…CEDER.

Até o entendimento da semente familiar, onde masculino e feminino se completam, deveria nutrir as mentes intervencionistas sobre o fracasso destes atos, afinal homem e mulher, naturalmente se completam ao invés de se oporem.

Portanto, interferir ou opor-se ao caminhar natural das leis da vida, não gera compromisso ou desenvolvimento em hipótese nenhuma.

Estamos na marcha PLANETÁRIA em  busca de  SINERGIA, em substituição ao sentido de  “oposição”.

Para o século XXI, empresas e empresários com o olhar para o novo século, estarão paulatinamente substituindo a palavra “recurso” por “dons”, segundo a mesma escritora Rosah Maria Mandara.

Afinal recurso é algo que se empresta, cobra-se juros ou vende-se .

Don é algo que se compartilha, doa-se, concede a quem desejar obter.

E em geral está muito mais ligado ao conhecimento e sabedoria, de forma desinteressada, do que a assuntos que se valorizam ou quantificam com dinheiro.

O Brasil e o Mundo que precisamos construir, estão absolutamente distante do pensamento revolucionário da esquerda , assim como  do capitalismo “tradicional” do século XX, mas sim, associado a construção de algo efetivamente maior , de  uma Pátria Superior.

Numa sociedade que aprenda substituir o INTERFERIR  pelo INTERCEDER,  na Vida, na Economia, no Planeta.

Texto: Roberto Mangraviti

  1.  Conhecido e antigo teste do copo com 50% de água, onde alguns acham metade cheio, outros metade vazio.
  2. Mão invisível foi um termo introduzido por Adam Smith no livro  A Riqueza das Nações para descrever como, numa economia de mercado, apesar da inexistência de uma entidade           coordenadora do interesse comunal, a interação dos indivíduos parece resultar numa determinada ordem, como se houvesse uma “mão invisível” que orientasse a economia. A “mão invisível” a qual o filósofo iluminista mencionava fazia menção ao que hoje chamamos de “oferta e procura”.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

WEBNAR – Marketing de Varejo com Prof. Dr. Francisco Alvarez

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