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Resíduos da Construção Civil.

RCC é o nome que se dá para os Resíduos da Construção Civil  gerado nas obras, especialmente reformas , sendo  a demolição  o ponto de partida para o início dos trabalhos. Importante destacar que a maioria de todos os resíduos das obras(70%),  são gerados em  pequenas reformas. Em vista do valor contido neste resíduo, as grandes construtoras tem desenvolvido estratégias adequadas para utilização deste insumo. Podemos citar como exemplo a demolição do antigo Estádio do Parque Antártica do Palmeiras em São Paulo, hoje uma belíssima Arena multiuso denominada Allianz Parque, onde a Construtora W Torre de forma eficiente encaminhou o material para os trabalhos de fundação do novo Estádio do Corinthians, também em São Paulo.

Outro bom exemplo, nos é dado pela Prefeitura de Jundiaí. Conforme divulgado pelo site Engenharia “No distrito industrial de Jundiaí foi construído o Geresol (Centro de Gerenciamento de Resíduos Sólidos) – usina mantida pela própria prefeitura, que recebe o RCC, separa os agregados e os utiliza no concreto para produzir peças pré-fabricadas de cimento para fins não estruturais, como pavers, meios-fios e manilhas. Em dois anos, o Geresol já recebeu 700 mil m³ de RCC e extraiu 300 mil toneladas de material reciclado. Isso gerou economia de R$ 13 milhões ao município, que passou a não comprar mais produtos virgens, principalmente areia e brita.”

Apesar destas ações inteligentes citadas, o país está muito longe de encaminhar adequadamente estas sobras. Especialmente aquelas geradas em pequenas obras, que muitas vezes são indevidamente transportadas pelo sistema público de coleta de lixo, onerando o sistema e danificando também equipamentos de trituração. Hoje estima-se que somente 6% deste entulho no Brasil,  tem o destino correto para produção de brita e assemelhados. Portanto sugerimos a quem deseja reformar sua residência procurar avaliar a empresa de caçamba que fará o transporte, antes da contratação, pois transportar regularmente e descarregar em áreas permitidas, não onera o preço cobrado. Iniciar uma obra requer planejamento, para que justamente não extrapole o custo estimado. Aquele modelo comum em reformas residenciais  onde a expressão  “já que” estamos fazendo isto … deve ser evitado com firmeza,  pois é o maior prenuncio de estouro inevitável do orçamento no futuro. O primeiro passo inteligente trata-se portanto em planejar e aproveitar integralmente o entulho, quer seja na mesma obra ou comercializando-o.

Foto: http://www.wbconstruction.us

 

Autor: Roberto Mangraviti

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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