Que a crise está instalada no país, e era lamentavelmente previsível, não há questionamento muito menos novidade.
Os remédios são velhos conhecidos do empresariado: reduzir custo e aumentar vendas. No antagonismo destes caminhos sempre existiu uma palavrinha chave, que foi (e continua sendo) o elo de ligação entre as duas pontas: eficiência.
Contudo estes velhos problemas e doenças possuem ferramentas novas que atendem as duas pontas simultaneamente nos dias de hoje chamada, sustentabilidade.
Uma recente pesquisa da ABRAPS-Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade e Deloitte lança luz nesta nova tendência do mercado brasileiro, onde as empresas estão claramente buscando saídas inovadoras através da sustentabilidade. A comprovar esta tendência, a pesquisa destaca que 29% das 370 empresas pesquisadas que possuem departamento de sustentabilidade, aumentaram seus investimentos na área. Outro número significativo (43%) mantiveram para 2015 o mesmo nível de investimentos de 2014. É natural que se isto está ocorrendo, é resultante dos obstáculos já superados no passado e pelo horizonte possível de se prever no futuro. Uma outra pesquisa mais antiga, organizada somente pela Deloitte em 2013 com as 100 maiores empresas do Brasil, já apontava que 59% haviam conquistado novos mercados e 58% delas haviam aumentado a produtividade. Isto também é resultado do alto índice de escolaridade destes profissionais pois 75% deles possuem pós graduação e 25% mestrado. Mas talvez o número mais impactante é que 70% estão na área por um motivo simples: motivação pessoal. São profissionais que possuem um DNA de prazer pelo trabalho e amor a profissão, pois somente 8% deles escolheram a atividade por motivos financeiros, aponta a recente pesquisa. Além do mais, estes departamentos possuem funcionários com um padrão multidisciplinar, que no jargão popular são conhecidos como modelo “Bombril”, com 1.001 utilidades, desdobrando-se pelas empresas que prestam serviços.
Reduzir custos, por exemplo se faz imediatamente com a redução das contas de energia elétrica e água, entre outros.
Em muitos casos (as vezes na maioria deles) a taxa de retorno se dá em 30 dias, e temos publicado com frequência alternativas até de custo zero nesta coluna. Na outra ponta, o crescimento das vendas, também se dá através dos mesmos conceitos, amparados no vigor do team pela busca de novos mercados e estratégias diferenciadas.
Portanto esta crise (e infelizmente aprendemos mais com elas do que com a bonança), será uma grande oportunidade de avanço nos modelos de gestão. Será também certamente dura e das mais difíceis.
E as soluções se darão, como sempre, pela qualidade das nossas escolhas e naturalmente através de profissionais engajados, cooperadores e competentes.
Desta forma somente nos resta dizer: mãos a obra!
Foto: http://www.abb.com/
Autor: Roberto Mangraviti