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“Uma Casa Não é um Lar”

Hal David , numa das suas brilhantes parcerias com Bacharach,  cunhou a expressão “ A house is not a home”  numa maravilhosa canção.

Da mesma forma, um Dirigente não é necessariamente um Líder.

Não há nenhuma novidade em afirmar, que os gestores de empresas têm como objetivo conduzi-las ao melhor resultado possível.

Isto implica, naturalmente, em produzir com eficiência ou citando o desgastado jargão :  fazer mais com menos.

No âmbito do consumo de matérias-primas e energias para produção de algum bem, a conta é relativamente simples de ser feita.

No campo da mão de obra, nem tanto.

Requer uma engenharia muito maior e dinâmica, do que o somatório de esforços dos profissionais envolvidos na empresa.

Na verdade, começa fora dela, através do engajamento dos próprios fornecedores e prestadores de serviço. Um parceiro comercial que simplesmente cumpre as diretrizes da empresa, nos dias de hoje, pode não ser mais um bom fornecedor.

O engajamento necessário transcende este compromisso, pois se houvesse simplesmente que  cumprir o combinado, não existiria o ditado “aos amigos tudo, para os inimigos  a Lei…”

E é nesta toada que muitos gestores não se apercebem no buraco em que se metem, fazendo suas equipes simplesmente “cumprir a lei“, , ou a regra da empresa.

Esta postura de fazer o compromissado é óbvia demais para os dias de hoje, e é o suficiente para o descumprimento de prazos exigidos pelo mercado, cada vez mais ágil e dinâmico.

Num mundo globalizado onde a China, cria uma Grécia em 12 semanas e desde 2010, criou uma Índia (em termos de PIB) fica difícil, superar desafios e organizar razoavelmente os negócios, seguindo burocraticamente a regra do jogo.

Interessante notar alguns dirigentes, exigem de seus comandados, atitudes que não tomam, através do próprio exemplo.

Exigem das chefias liderança, sem liderá-los .

Metodologia, sem instruí-los.

Comprometimento, sem exercitar a tolerância.

Competência, sem avaliar minimamente as qualificações de seus comandados.

Comandar uma Empresa sempre exigiu primordialmente liderança e um olho clínico, por vezes descolado do conhecimento técnico, porém afinado com o feeling. Mas,  hoje requer muito mais : conhecer custos, marketing, processos produtivos  e  muito, mas muito mesmo, o Comandar Pessoas.

O Comandado precisa olhar para o Comandante e sentir-se seguro nas diretrizes a serem cumpridas a ponto de sentir-se em casa, literalmente amparado.

Isto implica, para o Comandante, chamar a responsabilidade para si, sendo respeitado pelo conhecimento técnico desenvolvido e delegando mais e mais na prática aos subordinados. Este delegar, é acima de tudo, um ato de humildade e generosidade, pois representa compartilhar conhecimento, métodos e técnicas, ao invés de empurrar uma “bucha” para outrem.

Um bom exercício inicial, seria copiar o próprio Hal David, através do verso que encerra a canção de abertura deste texto “Turn this house into a home”  ou “ Transforme esta casa em um lar”.

 

Roberto Mangraviti

Economista, Criador e Editor do Portal SustentaHabilidade . Diretor da Trade Marketing Consultoria, Consultor da ADASP ( Associação dos Distribuidores e Atacadistas de São Paulo ), criador e apresentador do Programa ADASP –SustentaHabilidade, desde 2011,  veiculado pela TV Sorocaba ao Vivo.

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Escrito por Roberto Mangraviti

Economista e Facility Manager em Sustentabilidade. Editor, diretor e apresentador do Programa Sustentahabilidade pela WEBTV. Palestrante, Moderador de Seminários Internacionais de Eficiência Energética, Consultor da ADASP- Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado de São Paulo e colunista do site do Instituto de Engenharia de São Paulo.

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