Estranhamente, a imprensa brasileira (tv e web) diante de fatos lamentáveis de vandalismo, segue utilizando os termos “manifestantes”, visando relatar agressões praticadas por bandidos. Pior ainda, a lógica utilizada beira o ridículo, com parágrafos assim construídos: “O ato, que começou pacífico…”.
Ora, como poderia começar? Os delinquentes começariam lançando bombas? Se assim fosse, a imprensa seria obrigada classificá-los como guerrilheiros, já que agem de maneira tal (vide fotos abaixo), mas suavizam com eufemismos disfarçados, como se o ato houvesse sido planejado para o exercício de uma manifestação lícita e normal, quando em determinado momento, perdeu-se o controle da situação. Ora, há lojas de rojões na Av. Paulista? Surgiram da onde? Um imprensa interessada em reportar a verdade, teria a obrigação de construir as matérias com outro sentido de direção: “os vândalos, como de hábito, encerraram a ação com grande depredação”. A comprovar esta forma suavizada de conceito utilizada propositadamente, a reportagem destaca que uma pessoa foi presa , sem grifar o absurdo que somente uma foi presa. Sim senhores, UMA PESSOA , sendo que olhando as fotos desses agentes, ou assistindo o vídeo do G1 da Globo, se percebe uma ação absolutamente organizada, perceptível até para quem nunca soltou uma biriba na infância.
É nítida a ação dos “líderes” ou capitães coordenando a chegada da “artilharia” (estes com rojões) para em seguida ordenar a retirada dos mesmos. Após essa movimentação do “exército”, entra em ação a “infantaria” com pedras.
Estavam as pedras na porta da FIESP? A mesma Globo, através do Jornal da Globo das 18 horas, conduzindo pela competente Leilane Neubarth, mostrava cenas ao vivo, onde percebia-se o constrangimento da jornalista na leitura do texto, utilizando-se da expressão “movimento de protesto” com um desconforto sem igual. E para que não paire dúvida nestas palavras, de qualquer antipatia ou simpatia por legendas políticas, vale ressaltar que a passividade da imprensa é a mesma, diante de atitudes semelhantes de “torcedores” de futebol, onde falanges organizadas se “manifestam” da mesma forma. Portanto para alguns noticiários, um grupo ou outro, são legítimos manifestantes … na opinião de uma imprensa golpista.
Autor: Roberto Mangraviti
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