As vendas do Varejo, por 9 meses consecutivos apresentaram altas, mas o ritmo de recuperação está oscilando de forma desigual entre os vários ramos, afirma a equipe de economistas da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
O impacto negativo da oscilação está atrelada a estagnação da Reforma da Previdência.
Já o aspecto positivo do crescimento está condicionado basicamente a manutenção da taxa Selic de 6,75% ao ano, com possibilidades de cair mais um pouco .
Os supermercados apresentaram alta de 1,4%, frente a 2016. Segundo a ACSP, foram estimulados pela queda de preços de alimentos (1,49%) decorrente da supersafra e pelo crescimento da massa salarial (3,6%), conforme apontou a pesquisa PNAD divulgada pelo IBGE.
No comparativo anual, o crescimento teve perfil heterogêneo e expressivo em diversos ramos , como móveis e eletrodomésticos (9,5%), veículos (2,7%) e material de construção (9,2), que refletiram a recuperação da massa salarial e a queda das taxas de juros e alongamento dos prazos de financiamento.
Por sua vez, o ramo de tecidos cresceu 7,6%, se beneficiaram da alta da massa salarial e, possivelmente, pela liberação do FGTS e PIS/PASEP dos aposentados.
Na contramão das boas novas , o setor de informática apresentou queda de 3,1%, sugerindo que os computadores estão sendo substituídos por tablets e smartphones, mais baratos.
Texto: Roberto Mangraviti
contato@sustentahabilidade.com.br
Outros Textos do Autor:
http://sustentahabilidade.com.br/alimentos-feitos-de-insetos-uma-realidade-de-mercado/
IMAGEM: Thinkstock