No mundo existem mais de 500 milhões de propriedades agrícolas familiares e, aqui no Brasil, esse total chega a mais de 4 milhões, faturando US$ 55 bilhões por ano. Esses proprietários respondem no país por 33% do PIB agropecuário, sendo que a produção deste grupo, os coloca no ranking entre os 10 maiores do setor de alimentos do Planeta.
Em tempos de crises “normais“, como nos últimos sete anos com crescimento praticamente zero do PIB, guerras, ataques no Word Trade Center ou crise no Golfo Pérsico, o agronegócio sempre manteve as condições mínimas que sustentaram nosso país.
Agora diante de uma crise jamais vista no Planeta, a agricultura nacional e especialmente a agricultura familiar, deverá sentir em menor escala os impactos negativos deste momento, porém uma vez mais, trazendo soluções.
Sim, porque a mão de obra, não envolve concentração de pessoas, opera ao ar livre e proporciona ao varejo, condições adequadas de distribuição, que vem respeitando as condições sanitárias requeridas do momento.
Afinal, toda base da alimentação do povo brasileiro é suprida por estes empresários, a saber : 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 46% do milho, 38% do café e 21% do trigo. E o setor ainda é responsável por 60% da produção de leite e por 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos. Portanto é provável que mais uma vez o agronegócio seja fundamental para retomada do crescimento do país diante de mais esta crise, com larga contribuição da agricultura familiar.
Texto: Roberto Mangraviti
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