Este artigo remete um assunto fúnebre: A morte de uma estrela. Até o momento se conhecem três formas disso acontecer, sendo a massa um fator determinante. Cerca de 90% da vida de uma estrela com até 10 vezes a massa do nosso sol é de transformação de hidrogênio em hélio até que o hidrogênio no núcleo acabe. A partir daí a estrela expande-se até se tornar uma gigante vermelha, fase “terminal” em que a energia se dá pela transformação do hélio em carbono no núcleo, que em termos astronômicos, não consegue durar muito tempo.
Quando enfim o hélio se esgota, a estrela ejeta os gases formando uma nebulosa planetária, como é o caso da que você vê agora mesmo. O que resta da estrela é um núcleo de carbono que vai se esfriando até tornar-se uma Anã Branca, com massa similar a do sol e tamanho aproximado ao da Terra. Uma comparação comum da densidade de uma Anã Branca é que uma colher de chá da estrela pesaria dez toneladas.
Para estrelas maiores que 10 massas solares, resta energia nesta última fase para fundir o carbono, depois disso o neônio, magnésio, silício, até ter o núcleo de ferro. Quando o ferro entra na história, há uma catástrofe belíssima: Como ele não libera energia, as camadas superiores começam a pressionar o núcleo numa tentativa de fusão impossível, quando vão de encontro ao núcleo de ferro são bruscamente ejetadas para o espaço, uma explosão chamada de Supernova.
É daí que surgem elementos mais pesados que o ferro, e os gases liberados poderão dar início a novas “vidas”, novas estrelas. Estrelas com mais de 25 massas solares quando morrem dão origem a estrelas de nêutrons ou aos misteriosos buracos negros após a explosão, mas isso fica para um outro capítulo.
Texto: Cristian Reis Westphal
contato@sustentahabilidade.com.br