Quando pensamos em poluição do ar, logo vem à cabeça uma pessoa tossindo ou um carro soltando fumaça pelo escapamento, mas a extensão dos efeitos da poluição vai muito além do que os olhos podem ver.
A poluição do ar é o resultado das atividades industrial e humana, como transporte e queima de vegetações. Diariamente a vida moderna gera, cada vez mais, poluentes que acabam na atmosfera, interferindo seriamente em nosso futuro.
Pequim (China), Karachi (Paquistão) e Nova Délhi (Índia) são as cidades que apresentam o ar mais poluído do mundo, dada a intensa atividade industrial e também pela grande concentração humana. Cabe ao Brasil a desonrosa sexta colocação, dos países com maior emissão de gases poluentes do mundo.
Além de causar diretamente prejuízo à saúde humana, a poluição também gera enormes danos materiais. Pois afeta a manutenção, especialmente de estruturas metálicas, através da corrosão e também impacta na visibilidade de motoristas, gerando maiores possibilidades de acidentes de trânsito. Esta dinâmica insalubre, aumenta os gastos públicos, obrigando o Estado investir em Hospitais e tratamento de doenças respiratórias decorrentes desta dura realidade e naturalmente acarreta também danos ao meio ambiente.
As categorias de poluentes mais prejudiciais que chegam aos oceanos através da atmosfera são nitrogênio, mercúrio e outros metais, emissões de combustão e pesticidas. Todos esses poluentes tem a capacidade de chegar aos corpos d’água, danificando os ecossistemas e causando prejuízos na qualidade da água e até mesmo intoxicação dos organismos.
A poluição do ar também prejudica os mares, na medida que gera aquecimento das temperaturas em razão do efeito estufa, desregulando o sistema através do derretimento das calotas, portanto alterando a vida marinha.
Todas estas situações serão debatidas na Conferência do Clima da ONU (COP 21) que ocorrerá em Paris agora em dezembro. Um dos objetivos do evento é conter a emissão dos gases de efeito estufa que tem elevado o nível dos mares.
O que espera-se ao final do evento, que contará com cerca de 95 países e participação de 50 mil pessoas diretamente, é de que ocorra uma mudança definitiva de postura quanto a adoção de práticas menos poluentes em todo mundo, inclusive no Brasil por ser grande emissor. Pois o ser humano poderá sobreviver muito tempo sem produzir alimentos, mas nossa alimentação será de certa forma suprida através dos estoques, o mesmo ocorrendo com a água. Mas não conseguiremos sobreviver por 3 minutos sequer, se nos faltar o ar.
Autor: Thayná Correia
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